Santos Silva saúda Governo por apoiar fim da "barbárie" israelita em Gaza

O antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, saudou o Executivo por ter integrado a declaração conjunta de 25 países que apelava ao fim da ofensiva israelita em Gaza, tendo considerado que "antes tarde do que nunca".

Augusto Santos Silva

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Notícias ao Minuto com Lusa
24/07/2025 18:33 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Médio Oriente

O antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, saudou o Governo de Luís Montenegro por ter subscrito a declaração conjunta de 25 países que apelava ao fim da ofensiva israelita e à entrada de mais ajuda em Gaza, ainda que tenha considerado que a medida pecava "por tardia".

 

"Fez muito bem o Governo português em subscrever a carta dos 25 países que exigem a Israel o fim das operações militares em Gaza. A única crítica que podia ser feita à carta é pecar por tardia. Mas antes tarde do que nunca", escreveu, na rede social Facebook, na terça-feira.

O socialista salientou que o documento se traduz numa "condenação inequívoca do massacre que o governo de Israel está a cometer", por parte de países como a França, o Reino Unido, o Canadá, o Japão, a Austrália, a Itália e a Espanha, que "em nada diminui a importância da exigência da libertação incondicional dos reféns que o Hamas ainda mantém em seu poder".

"Agora, é aumentar a pressão para que a União Europeia suspenda a aplicação do acordo de associação com Israel. A diplomacia não pode ficar de braços cruzados perante a barbárie", disse.

Recorde-se que, também na terça-feira, o Hamas agradeceu a carta conjunta e solicitou "medidas práticas" para atingir os objetivos propostos.

"Instamos os Estados signatários a traduzir o conteúdo [do apelo] em medidas práticas para pôr fim à tragédia humanitária provocada pela ocupação na Faixa de Gaza, para exercer pressão direta e eficaz para travar a brutal guerra de extermínio contra o povo [palestiniano] e para garantir o fluxo imediato de ajuda humanitária", referiu o grupo, em comunicado.

Os Ministérios dos Negócios Estrangeiros de 25 países, incluindo de Portugal, Espanha, Reino Unido, Bélgica ou Canadá, pediram, numa declaração conjunta divulgada na segunda-feira, o fim da ofensiva militar israelita na Palestina e opuseram-se a qualquer alteração territorial ou demográfica na região.

O conjunto de países critica "o plano de colonização anunciado pela Administração Civil" que, "a ser aplicado, dividiria o Estado palestiniano em dois, constituindo uma violação flagrante do direito internacional e comprometendo gravemente a solução de dois Estados".

"A construção de colonatos em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, acelerou, enquanto a violência dos colonos contra os palestinianos disparou. Esta situação tem de acabar", acrescentam os signatários.

Hamas agradece apoio a Gaza de 25 Estados e pede medidas práticas

Hamas agradece apoio a Gaza de 25 Estados e pede medidas práticas

O Hamas agradeceu hoje a declaração conjunta de 25 países, incluindo Portugal, a pedir o fim da ofensiva israelita e a entrada de mais ajuda em Gaza, e solicitou "medidas práticas" para atingir esses objetivos.

Lusa | 14:50 - 22/07/2025

A declaração surgiu numa altura em que a Faixa de Gaza enfrenta um dos momentos humanitários mais críticos desde o início da ofensiva israelita, com o aumento vertiginoso do número de mortes por subnutrição e fome.

Os representantes dos 25 países em causa também manifestaram a sua oposição ao projeto de deslocalização de 2,1 milhões de palestinianos para Rafah - como foi recentemente defendido pelo Governo israelita - dado que a deslocação forçada permanente é uma violação do direito internacional humanitário.

Israel, por sua vez, rejeitou esta declaração e responsabilizou o Hamas pelos ataques contínuos na devastada Faixa de Gaza.

"Todas as declarações e reivindicações devem ser dirigidas ao único responsável pela falta de um acordo para a libertação de reféns e de um cessar-fogo: o Hamas, que iniciou esta guerra e a está a prolongar", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, em comunicado.

Leia Também: Israel anuncia regresso da delegação negocial ao Qatar após resposta do Hamas

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