"A ministra da Saúde, nestas circunstâncias, já devia ter dito ao país que vai fazer uma auditoria completa e que vai tirar consequências dessa auditoria. O que nós tivemos foi a ministra a dizer que, quando chegassem os relatórios da Inspeção Geral de Atividades em Saúde, retiraria consequências", destacou.
À entrada para a apresentação dos candidatos autárquicos do Chega no distrito de Coimbra, que decorre esta tarde, André Ventura afirmou que esses relatórios chegaram, "apontam à responsabilidade do Ministério da Saúde", no entanto, "não tiram nenhuma consequência".
"Portanto, é uma situação de impunidade absoluta e de descontrolo absoluto", acrescentou.
De acordo com o líder do Chega, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, "tem que, de uma vez por todas, assumir a sua quota parte de responsabilidade, isto é, uma parte importante".
"O INEM precisa de uma auditoria para sabermos onde é que está a falhar e como é que não temos os meios que precisamos nos vários pontos do país", sustentou.
No seu entender, se o país gastasse menos em organismos do Estado, que "não servem para nada" e se se "investisse na saúde onde ela faz falta", seria possível "ter uma saúde certamente muito melhor".
Ao jornalistas, André Ventura disse ainda que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, devia estar focado nessa auditoria ao INEM e "mostrar que o que está mal tem que ser mudado".
"Porque não é só a senhora ministra da Saúde que está mal. Ela está mal e já devia ser mudada há muito tempo, mas nós temos um conjunto de dirigentes, conforme as próprias notícias que têm vindo a ser veiculadas demonstram, que não têm nem estatuto nem competência para gerir em matéria da saúde", alegou.
Segundo o presidente do Chega, não é necessário investir mais dinheiro na saúde.
"Nós precisamos de melhor gestão nos serviços de saúde e uma gestão mais rápida", concluiu.
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