Luís Montenegro falava na intervenção inicial do Conselho Nacional, aberta à comunicação social, na qual classificou a vitória da AD -- coligação PSD/CDS-PP como "um excelente resultado e uma vitória inequívoca", salientando a diferença de deputados para o segundo e terceiro classificados, referindo-se a PS e Chega.
"É também por isso que as oposições, todas de uma forma geral, mas em particular as oposições mais representativas, assumiram o seu compromisso de garantir a estabilidade política, de respeitar essa vontade, de não viabilizar a pré-anunciada moção de rejeição ao Programa do Governo que um grupo parlamentar já enunciou e anunciou", afirmou.
Para Montenegro, "estão criadas as condições para uma legislatura com confrontação democrática entre partidos políticos", mas em que a estabilidade -- "que foi a pedra dominante na campanha - deve ser a pedra dominante dos que assumiram esse compromisso, estejam eles no Governo ou nas oposições".
O primeiro-ministro indigitado fez questão de cumprimentar os restantes partidos políticos pela campanha, resultados e "sentido de responsabilidade" que já anunciaram, numa referência ao anúncio do Chega e do PS de que não viabilizarão qualquer moção de rejeição ao programa do Governo.
Por outro lado, salientou que PSD e CDS-PP têm mais deputados -- 91 -- do que o PS com toda a restante oposição, exceto o Chega, ou do que o partido liderado por Ventura somado a todos os outros, exceto o PS.
"Esta situação é muito diferente da anterior (...) Há condições na relação do parlamento com o Governo que são diferentes e fazem antever uma dinâmica diferente na relação da Assembleia da República com o Governo". Disse.
Prometendo "a mesma postura para com todos os partidos", considerou que novo figurino parlamentar será geradora de "estabilidade política e governativa maior".
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