"O Chega tornou-se nestas eleições o segundo maior partido"

O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que o partido teve uma "grande noite" e tornou-se "o segundo maior partido" nas eleições legislativas de domingo, representando o fim do bipartidarismo.

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© ANDRE DIAS NOBRE/AFP via Getty Images

Lusa
19/05/2025 00:46 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Chega

"Que grande noite tivemos", afirmou o líder do Chega depois de conhecidos os resultados dos círculos do território nacional, que apontam uma subida em número de votos e deputados e quando ainda não são conhecidos os resultados pelos círculos da emigração.

 

André Ventura afirmou que "o Chega tornou-se nestas eleições o segundo maior partido", assinalando que o seu partido fez "o que nunca nenhum partido tinha feito em Portugal" e tornou-se "líder da oposição".

"Podemos declarar oficialmente, e com segurança, que acabou o bipartidarismo", disse também.

Em declarações aos jornalistas antes de entrar na sala, André Ventura disse que tinha falado momentos antes com o líder do PSD, Luís Montenegro, e que o felicitou pela vitória nestas eleições legislativas.

O presidente do Chega revelou que o líder do PSD também o felicitou pelo resultado do seu partido, que considerou "uma grande vitória".

No seu discurso, André Ventura destacou também o facto de o Chega ter sido o partido mais votado em vários distritos, nomeadamente Portalegre, Setúbal, Beja e Faro.

"Varremos o mapa do país com uma votação histórica em todo o lado", salientou, afirmando que "o Chega é o futuro do governo".

O presidente do Chega considerou que o seu partido "fez história" e defendeu que "nada ficará como antes".

Na ótica de André Ventura, o resultado do Chega representou "um grande ajuste de contas" com a história e foi o partido que "mais cresceu" nestas legislativas.

"Nós não vencemos contra ninguém, nem vamos atrás de ninguém. Nós vencemos pelos portugueses, para eles, e é por eles que vamos trabalhar", indicou.

Referindo-se ao PS, o presidente do Chega afirmou também que o seu partido "superou o partido de Mário Soares, superou o partido de António Guterres".

"O Chega matou o partido de Álvaro Cunhal, o Chega varreu do mapa o BE com uma pinta que nunca se tinha visto", acrescentou.

Ventura disse também que ouviu o secretário-geral do PS dizer que os dirigentes do Chega foram "muito agressivos nesta campanha eleitoral".

"Meus caros, eles ainda não viram nada", afirmou.

No arranque da sua intervenção, Ventura dedicou vários minutos a criticar as empresas de sondagens, considerando que algumas "quiseram propositadamente mandar abaixo um partido político", mas "o povo português não se deixou intimidar". E apelou a essas empresas que retirem consequências, alertando que "a partir de hoje ninguém mais acreditará em sondagem nenhuma".

O líder do Chega entrou na sala do hotel escolhido para acompanhar a noite eleitoral, que estava cheia, ao som do hino da campanha para estas eleições legislativas.

"Governo depende do Chega", que não esclarece se deixa passar programa

O líder do Chega, André Ventura, considerou hoje que o próximo Governo "depende do Chega e só do Chega", mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo executivo no Parlamento.

Lusa | 01:21 - 19/05/2025

Os resultados provisórios apontam um empate entre PS e Chega, com 58 deputados cada um. Faltam agora distribuir os quatros mandatos pelos círculos da emigração e, no ano passado, os emigrantes deram dois deputados ao Chega, um ao PS e um à AD (coligação PSD/CDS-PP/PPM).

A AD - Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, se se juntarem os três eleitos pela coligação AD com o PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, 58.

A Iniciativa Liberal continua a ser a quarta força política, com mais um deputado (9) do que em 2024, e o terceiro lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.

A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o Bloco de Esquerda está reduzido a uma representante enquanto o PAN manteve um deputado.

O JPP, da Madeira, conseguiu eleger um deputado. 

Estes resultados não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas serão conhecidos a 28 de maio.

[Notícia atualizada às 01h57]

Leia Também: Chega/Madeira rejeita ir "passear fato" a Lisboa e vai defender madeirenses

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