"Isto é uma grande responsabilidade. Eu sei que é costume cantar vitória, celebrar vitória, e certamente há razões para isso, mas queria deixar uma coisa muito clara aos madeirenses: ninguém vai para Lisboa passear o fato, nós vamos para Lisboa trabalhar", afirmou.
Francisco Gomes falava no domingo à noite, na sede do Chega/Madeira, no Funchal, numa reação aos resultados eleitorais do círculo desta região autónoma, pelo qual o partido elegeu um deputado.
O eleito sublinhou que as "pessoas esperam respostas para os seus problemas", assumindo que é isso que fará. "Lutar por aqueles que lutam mas que são sempre calados, lutar por aqueles que trabalham mas que se sentem roubados", frisou.
"Nós queremos ser a voz daqueles que não têm voz e vamos para Lisboa trabalhar, para defender a autonomia, para defender a Madeira e para trazer respostas concretas ao povo da Madeira", reforçou.
Francisco Gomes reconheceu que ser a segunda força política no círculo da Madeira implica "mais responsabilidade e mais trabalho", mas disse não ter medo e assegurou que está preparado.
É preciso "lutar por um sistema fiscal próprio" que dê mais competitividade à região, priorizar o setor primário e repensar as fronteiras do país, destacou o deputado eleito, quando questionado sobre as principais prioridades.
Segundo os resultados provisórios oficiais da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, quando estão apuradas as 54 freguesias, a AD - Coligação PSD/CDS venceu no círculo da Madeira com 41,35%, mantendo os três deputados eleitos.
O Chega foi a segunda força política naquele círculo eleitoral, com 20,90% dos votos e um deputado eleito, o PS ficou em terceiro com 13,46% dos votos e também um deputado, e o partido Juntos Pelo Povo (JPP), com 12,32% dos votos, elegeu pela primeira vez um deputado à Assembleia da República.
No mandato que agora termina, o círculo desta região autónoma é representado por três deputados do PSD, dois do PS e um do Chega.
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