A arruada, que começou na Batalha e terminou na rua de Santa Catarina, juntou hoje milhares de simpatizantes e militantes, numa ação algo caótica e também mais ruidosa do que a descida no Chiado, em Lisboa, na quinta-feira.
Depois de distribuir cravos, beijinhos e abraços e receber de volta várias palavras de apoio e de força, Paulo Raimundo disse, no final da arruada, à plateia que o ouvia atentamente: "Que grande força é esta! Que emocionante força é esta!".
Perante dezenas de bandeiras empunhadas, Paulo Raimundo afirmou que na campanha da CDU "as bandeiras não andam sozinhas".
"Aí está a empunhar cada bandeira um homem, uma mulher, um lutador, um trabalhador, um agente da cultura. Cada um empunha as suas bandeiras", disse o líder comunista, de punho fechado, enquanto falava para a multidão.
Para Paulo Raimundo, face à força que viu ao longo da campanha, a "CDU tem que crescer, a CDU vai crescer", pedindo que essa mesma força esteja também presente, "para o que der e vier", no dia após as legislativas de domingo.
Num distrito onde pretende reforçar o número de deputados (atualmente tem um), o secretário-geral do PCP recordou as palavras do arquiteto Siza Vieira, que apoia aquela coligação e que disse: "CDU como sempre, mas agora mais do que nunca".
Aos jornalistas, o líder comunista disse que "o balanço está à vista de toda a gente", apontando para uma força, alegria e confiança "para resolver a vida das pessoas".
"Foi assim durante toda a campanha e, agora na reta final, com mais força ainda. Isso dá-nos muita confiança", afirmou.
Sobre entendimentos à esquerda, Paulo Raimundo voltou a ignorá-los, considerando que a preocupação da CDU é em reforçar a sua representação parlamentar para resolver "os problemas da vida das pessoas".
"Tudo o resto é troca de galhardetes que neste momento não interessa a ninguém", concluiu.
Leia Também: JPP diz que pode ser "fiel da balança" e "jogar para Direita ou Esquerda"