"Eu não gosto de fazer futurismo, mas uma coisa eu posso dizer: sempre gostei de jogar futebol e a minha posição favorita era médio-centro, era o distribuidor, portanto temos de olhar para o coletivo e podemos jogar para a direita ou para a esquerda, tudo depende da posição dos extremos", declarou Filipe Sousa.
O candidato, que falava hoje numa arruada no centro do Funchal, no último dia de campanha eleitoral, realçou o JPP posiciona-se no centro e assegurou que não passa "cheques em branco a ninguém".
"Precisamos de analisar o caderno de encargos de cada uma dessas candidaturas [...] e, com responsabilidade, acima de tudo, olhar para os problemas do círculo onde eu encabeço a lista, que é a população da Madeira e do Porto Santo, e depois olhar para as outras ilhas que fazem parte também da nossa candidatura", frisou.
O cabeça de lista do JPP manifestou-se esperançado que a sua mensagem de "esperança, proximidade e tolerância" tenha passado para o eleitorado, considerando que "falta muito aos partidos tradicionais centralistas que sempre governaram" o país.
Filipe Sousa reconheceu também que o resultado obtido nas últimas legislativas regionais, em março deste ano, nas quais o JPP passou a ser líder da oposição, dá confiança para as legislativas nacionais de domingo.
E pediu para que os mais de 30 mil eleitores que votaram JPP nesse sufrágio repitam agora essa votação e contactem outras pessoas nesse sentido.
"Iremos ter certamente um representante na República que irá levar a voz das ilhas por Portugal", reiterou o cabeça de lista, que percorreu hoje uma das mais movimentadas ruas do Funchal, a Fernão de Ornelas, acompanhado de uma comitiva de cerca de três dezenas de pessoas, entre as quais o irmão, Élvio Sousa, secretário-geral do partido.
O JPP nasceu de um movimento de cidadãos no concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, cuja autarquia lidera desde 2013 com maioria absoluta, e tornou-se partido em 2015, ano em que elegeu cinco deputados ao parlamento regional.
Filipe Sousa é um dos fundadores e ex-presidente do partido, mas atualmente não assume nenhum cargo de dirigente, sendo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz desde 2013, função que suspendeu em 07 de abril para encabeçar a lista às legislativas.
O JPP concorre em 10 círculos eleitorais: Coimbra, Braga, Faro, Setúbal, Porto, Lisboa, Madeira, Açores, Europa e Fora da Europa.
Nas eleições legislativas de 10 de março do ano passado, obteve 19.145 votos (0,31%), não conseguindo eleger nenhum deputado.
O círculo da Madeira elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três representantes do PSD, dois do PS e um do Chega.
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