Num comício que encerra o 11.º dia de campanha de Pedro Nuno Santos, o também cabeça de lista do PS pelo distrito de Setúbal e ex-secretário de Estado falou sobre "os acrescentos" de Luís Montenegro às justificação anteriores sobre o caso da empresa criada pelo primeiro-ministro e que, entretanto, passou para os seus filhos.
"Normalmente esses acrescentos vêm por uma grande pressão por parte dos jornalistas e hoje encontramos mais um. Luís Montenegro tinha dito que tinha decidido desfazer-se totalmente da sua empresa familiar e uma das decisões era retirar a sede dessa empresa familiar da sua famosa casa, em Espinho. Hoje as notícias dizem que isso não é verdade", afirmou.
E continuou: "E eu daria o benefício da dúvida ao primeiro-ministro, mas pelo que vi até chegar aqui a esta intervenção, às perguntas dos jornalistas sobre essa matéria, mais uma vez, Luís Montenegro fez aquilo que faz sempre, que é não responder e, ao não responder, está a levantar dúvidas, ao levantar dúvidas está a dar um mau sinal ao país e a prestar um mau serviço ao país".
Em contraponto, António Mendonça Mendes disse que o PS tem um líder "íntegro, sério e preparado para liderar o próximo ciclo do Governo".
Durante a sua intervenção, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do Governo de António Costa afirmou que hoje há "uma AD radical", mas que "o potencial desse radicalismo ser ainda mais exacerbado com a Iniciativa Liberal" e fez questão de mandar uma mensagem à "coligação radical".
"Na realidade eu também concordo que deve haver alterações à legislação laboral, acho mesmo que deve haver alterações à legislação laboral, mas para assumir a redução da jornada de trabalho para 37 horas e meia e é essa a proposta do Partido Socialista", frisou, referindo-se a uma das propostas do programa do PS.
[Notícia atualizada às 21h52]
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