Bloco de Esquerda vai ser a "surpresa da noite eleitoral"

O líder parlamentar do BE e segundo candidato por Lisboa nas legislativas, Fabian Figueiredo, manifestou-se hoje convicto de que o partido vai ser "a surpresa da noite eleitoral" e "meter a direita no passado".

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© Flickr/ BE/ Rafael Medeiros

Lusa
11/05/2025 18:38 ‧ ontem por Lusa

Política

Legislativas

"Hoje é 11 de maio, faltam poucos dias para as eleições, para o dia 18 de maio e quero-vos deixar aqui uma garantia que vocês já sentem. Nós, escrevam o que eu vos digo, vamos ser a surpresa da noite eleitoral, não duvidem disso", afirmou Fabian Figueiredo, numa "festa-comício" organizada pelo partido no LX Factory, na capital do país.

 

O ainda líder parlamentar e 'número dois' do partido nas listas por Lisboa, lembrou como em 2007 o partido "acabou com essa coisa horrenda, odiosa de pôr mulheres na prisão por recorrerem ao aborto", ou em 2009 "lutou contra a maioria absoluta do PS, que atacou direitos do trabalho, privatizou e geriu mal o país".

"Em 2015 com a Catarina Martins pusemos a direita de Passos [Coelho] e [Paulo] Portas a andar da governação e devolvemos dignidade. Em 2025, com a Mariana, vamos fazer exatamente a mesma coisa, vamos meter a direita onde ela pertence, no passado, porque as suas ideias são do passado", criticou.

O BE tem adotado um formato de campanha diferente do habitual, sem feiras, visitas a mercados ou as tradicionais arruadas, e feito uma aposta forte no "porta à porta" junto de eleitores em distritos-chave.

Para Fabian Figueiredo, o partido "está a mudar a forma de fazer política em Portugal".

"Não confundam quem ache que o Bloco está a fazer uma campanha às escondidas, tem medo das pessoas, que não andam na rua. Nós andamos na rua como nunca andámos, andamos na rua como a esquerda nunca andou", argumentou.

O dirigente justificou a sua confiança no resultado eleitoral do BE, afirmando que através do "porta à porta" o partido tem agregado mais militantes, nomeadamente jovens, e destacou o crescimento nas redes sociais -- outra das apostas dos bloquistas nos últimos meses.

"Vocês não aceitam o Portugal dos pequeninos que toda a direita vos quer impor, estão na política e estão connosco porque querem um Portugal novo", elogiou.

Fabian Figueiredo aproveitou ainda a ocasião para deixar uma crítica ao líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro.

"Esse Portugal novo pelo qual nós nos batemos é o país que respeita e que sabe que o problema não é a tua mãe e o teu pai, que trabalham todos os dias, matam-se aliás a trabalhar, não é a tua avó que começou certamente a trabalhar em criança e que tem uma pensão tão baixa e que houve um primeiro-ministro cruel e desumano dizer-lhe que se a pensão não dá para a vida, apesar de lhe doerem as pernas e as costas e ter trabalhado 50 anos, ela deve ir trabalhar", criticou.

O bloquista defendeu um país "onde os governantes estão ao lado de quem trabalha e trabalhou a vida toda" e um "primeiro-ministro, que quando confrontado com uma mulher que teve uma vida difícil, lhe diga, 'eu estou no executivo para lutar por si todos os dias'".

Fabian Figueiredo salientou que nem todos têm "a sorte de ganhar na lotaria do ADN" e para muitos "o sol não brilha porque a vida é difícil, porque a casa é cara, porque a jornada de trabalho é longa, porque se desespera no trânsito e no transporte público".

"Mas há uma pequena elite para quem o sol brilhou sempre, ou se quiserem, para quem o sol é verde", ironizou.

E para quem à direita defende a meritocracia, Fabian Figueiredo respondeu que "Portugal é um país cheio de méritos", dos que "acordam cedo para pôr a economia a produzir e os serviços públicos a funcionar e ganham 800 ou mil euros líquidos".

Fabian Figueiredo não se esqueceu da causa palestiniana e lembrou que a 11 de maio se assinala o dia internacional da 'kufiya', lenço símbolo da causa palestiniana.

"Eles sabem que os deputados e dirigentes do BE nunca serão vistos ao lado de representantes do genocídio. Não há um bloquista ao lado de um embaixador que defende o genocídio, que branqueia os crimes de guerra, que ataca António Guterres. Vocês conhecem-nos, nós não viramos com o vento, nós somos o partido da justiça internacional, dos direitos humanos, da autodeterminação da Palestina, da paz", frisou.

[Notícia atualizada às 19h39]

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