Pedido "reformista" de Passos deve "ter sido sobremesa" no almoço do PSD

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que o pedido do antigo primeiro-ministro Passos Coelho de reformismo foi a sobremesa que se tinha esquecido de referir na ementa do almoço do PSD.

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© Pedro Pina e Sérgio Queirós - RTP

Lusa
07/05/2025 13:43 ‧ ontem por Lusa

Política

Legislativas

Depois de na terça-feira Paulo Raimundo ter dito que a ementa do almoço de antigos líderes sociais-democratas teria batatas fritas de Bruxelas, salsicha alemã e uma sopa rala para condizer com a austeridade do tempo da 'troika', hoje acrescentou a sobremesa, de que se tinha esquecido.

 

O pedido do antigo líder do PSD e ex-primeiro-ministro Passos Coelho para que o partido continue a sua "tradição reformista" deve "ter sido a sobremesa" do almoço de terça-feira, disse o líder comunista, que falava aos jornalistas durante uma arruada em Matosinhos, distrito do Porto.

"Essa foi a parte da sobremesa que eu me tinha esquecido. Havia a ementa e depois havia a sobremesa. A sobremesa foi isso [o pedido de reformismo]", afirmou.

Para Paulo Raimundo, o apelo de Passos Coelho a um governo reformista traduz-se em "recuperar a receita que o povo rejeitou em 2015".

À entrada para o almoço com vários ex-líderes do PSD para assinalar os 51 anos do partido, na sede nacional, Passos Coelho defendeu que exista, "verdadeiramente, um espírito reformista que possa estar ao serviço" da estabilidade.

Na arruada de hoje em Matosinhos, Paulo Raimundo ouviu algumas palavras de coragem, numa ação que começou com uma paragem para beber café.

Se na terça-feira dizia que não havia almoços grátis numa referência ao evento dos antigos líderes do PSD, o secretário-geral do PCP, de chávena na mão, afirmou também que não havia cafés grátis.

"O café está caro, mas como quem vai pagar é o Alfredo Maia [número um da CDU pelo círculo do Porto], que eu não trouxe dinheiro nenhum, este vai-me ficar muito barato", comentou.

Mas afinal, acabou por haver cafés grátis, que quando ia para pagar, o estabelecimento ofereceu as bicas.

"Obrigadíssimo", disse Paulo Raimundo, que seguiu numa arruada curta, onde distribuiu panfletos e ainda ouviu um elogio de uma peixeira: "Por acaso, é bonito".

Aos jornalistas, reiterou que a CDU, que junta PCP e Partido Ecologista "Os Verdes", tem no centro da sua ação "os problemas da vida das pessoas" e que, por isso, "nunca está fora do jogo político".

"Quem está fora um bocadinho do jogo político são aqueles que passam horas e horas a discutir a forma sem discutir o conteúdo", disse.

Questionado sobre a proposta do PS de IVA zero para o cabaz alimentar, Paulo Raimundo criticou Pedro Nuno Santos por agora se multiplicar em promessas.

Pegando no caso da redução do preço da botija de gás, Paulo Raimundo disse que o PS poderia ter votado ao lado da CDU quando "essa medida tinha sido considerada".

"Neste caso, foi há dois meses. Não foi há cinco anos, não foi há vinte", notou.

No final da arruada, discursou para cerca de duas centenas de militantes que acompanharam o secretário-geral do PCP na arruada, notando que hoje fazia sol, quando há um ano, no mesmo sítio, chovia, e também nessa altura os militantes não arredaram pé.

"Não falhamos. Faça chuva ou faça sol", afirmou.

Leia Também: Passos explicou a Montenegro "reformas que não fez e devia ter feito"

 

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