Plano de emergência da Saúde "é reconhecimento que o SNS chegou ao fim"
Recorde-se que o primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, o programa de emergência para a Saúde.
© Getty Images/ Horacio Villalobos
Política SNS
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, acusou hoje o Governo de apresentar um plano de emergência que vai destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e entregá-lo ao setor privado, prejudicando os utentes com "soluções esgotadas".
"Este não é verdadeiramente um plano de emergência, é um plano de transformação do SNS que vai acabar com o SNS que conhecemos", criticou Mariana Mortágua, no concelho de Palmela, distrito de Setúbal, à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias de junho.
"As capacidades do SNS estão esgotadas. Estando esgotadas, o que é que nos diz o primeiro-ministro? Que vai recorrer ao privado", atirou Mortágua, em reação ao plano de emergência da Saúde apresentado pelo primeiro-ministro.
"Compreendemos há muito tempo que o que o SNS precisa é de mais médicos, de mais condições para poder operar, ter uma oferta diversificada em todo o território e poder responder a toda a gente", prosseguiu, em declarações aos jornalistas.
Para a líder do Bloco de Esquerda (BE) "as soluções de recurso que insistem em medidas extraordinários são muito caras e não resolvem nenhum problema".
"O programa apresentado pelo primeiro-ministro não é para expandir a capacidade do SNS, é um reconhecimento de que o SNS chegou ao fim", frisou ainda.
Recorde-se que o primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, que o programa de emergência para a saúde pretende esgotar os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até ao limite, mas conta também com os setores social e privado de forma complementar.
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