O ministro das Finanças Vítor Gaspar tem vindo a ser alvo das mais duras críticas em virtude da austeridade que evoca ser necessária adoptar no País. Mas certo é que, caso fossem os portugueses a delinear o Orçamento do Estado para 2013, não haveria mais buracos por onde apertar o cinto. Pelo menos assim revela a iniciativa ‘O Meu Orçamento do Estado’, promovida pela consultora Deloitte em parceria com o semanário Expresso.
Desta feita, os seis mil cidadãos que participaram no projecto defendem, em média, uma redução na despesa de 1,8 mil milhões de euros, associada a um aumento da receita de 338 milhões, o que, somado, resultaria num défice de 5024 milhões de euros, equivalente a 3% do PIB em 2013, ou seja, 2,1 milhões abaixo do previsto pelo Orçamento do actual Executivo.
Neste sentido, os portugueses dariam umas tesouradas financeiras, prioritariamente, na Caixa Geral de Aposentações, nos salários dos funcionários públicos, nos municípios e Regiões Autónomas, no subsídio de desemprego e ainda nas despesas com pessoal da Saúde e da Educação.
Por outro lado, o imposto do tabaco foi o eleito, por excelência, pelos participantes deste estudo enquanto medida para fazer engordar a receita fiscal do Estado.