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PS? "Claro que há caminho de continuidade, mas também vai haver rutura"

Na ótica de Ana Gomes, Pedro Nuno Santos terá o "grande desafio" de "unir o partido e de se preparar para as eleições" legislativas.

PS? "Claro que há caminho de continuidade, mas também vai haver rutura"
Notícias ao Minuto

08:59 - 18/12/23 por Notícias ao Minuto

Política Ana Gomes

Ana Gomes considerou que, face à eleição de Pedro Nuno Santos como secretário-geral do Partido Socialista (PS), haverá um "caminho de continuidade" no partido, mas também uma "rutura geracional".

No seu habitual espaço de comentário, na SIC Notícias, a socialista começou por dizer que gostou do discurso de Pedro Nuno Santos após ser conhecida a sua vitória nas eleições diretas e apontou este como um "momento especial" na vida do partido.

"É evidente que é um momento especial e mais importante é agora o que se vai passar a seguir. Ele vai ter o grande desafio, já está a tê-lo, de unir o partido e de se preparar para as eleições de dia 10 de março", afirmou, referindo ainda que Pedro Nuno Santos terá de "preparar um programa que seja claro, com contribuições também de todas as outras correntes do partido".

Na ótica da antiga diplomata, estas diretas "foram boas para o PS" e mostraram a sua "pluralidade". Agora, entende que haverá um "caminho de continuidade" no partido, mas também um" rutura geracional".

"Claro que há uma caminho de continuidade, que ele assume e que honra, relativamente ao que há de positivo da herança de António Costa, mas também vai haver uma rutura que é mais do que geracional", disse.

Esta rutura, "também é geracional", mas também em relação ao "que não está bem".

"A rutura vai ser também em relação, e já de alguma maneira foi assumida também de uma forma contida e urbana, a dizer 'mas não está tudo bem e temos de arranjar soluções para aquilo que não está bem'", apontou, lembrando que Pedro Nuno Santos disse, por exemplo, que é necessário "salvar" o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Já quanto a António Costa, Ana Gomes recusa a ideia de que este vá ser uma sombra e considera, até, que a articulação entre ambos será "útil". Para a socialista, Costa deverá participar na campanha eleitoral do PS, considerando que a campanha e as legislativas de 10 de março serão também "um julgamento sobre" o seu "legado".

"Penso que a contribuição de António Costa pode ser útil", apontou.

"A mim não me choca que António Costa possa, por exemplo, encabeçar a lista do PS para as europeias. Acho que seria uma boa solução. Até porque acho que ele mantém o objetivo de assumir um cargo europeu", notou, admitindo, contudo, que o primeiro-ministro demissionário está "obviamente muito condicionado e o futuro dele depende da justiça portuguesa".

Os militantes do PS foram chamados às urnas, entre sexta-feira e sábado, para escolher um novo líder, na sequência da demissão de António Costa. A escolha foi expressiva e Pedro Nuno Santos venceu as eleições com mais de 60% dos votos.

Leia Também: De "impreparado" a "herói"? O que se disse do novo líder do PS

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