Num requerimento enviado à secretária de Estado da Energia e Clima, através da Assembleia da República, o Grupo Parlamentar do PCP pergunta "que medidas tomará o Governo no sentido de acautelar esse agravamento das tarifas e preços, sem que, para isso, ocorra uma penalização direta ou indireta dos consumidores"?
"Atendendo a que algumas das empresas produtoras estão, de facto, integradas em agregados que também detêm empresas comercializadoras, pensa o governo adotar medidas legislativas impeditivas da repercussão desta última alteração nas faturas endossadas aos consumidores finais", questionam ainda os comunistas.
O PCP refere que, no passado dia 08, no parlamento, o partido questionou o Governo sobre o novo modelo de financiamento da Tarifa Social de energia, e os possíveis impactos desta alteração nos preços pagos pelos consumidores, mas não obteve resposta.
Uma notícia no jornal Correio da Manhã indicava porém que "o aumento de 1,9% já proposto pela ERSE para 2024 deverá ser revisto", podendo chegar a representar "um agravamento adicional de 2% nas tarifas pagas pelos consumidores", acrescenta.
"Num contexto de agravamento das condições de vida da maior parte da população, as multinacionais do setor energético têm visto os seus lucros aumentar de forma escandalosa. Só a EDP, nos primeiros nove meses de 2023, teve lucros de 946 milhões de euros, mais 82% do que em igual período do ano passado", referem ainda os comunistas no requerimento.
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