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Mortágua diz que orçamento "já era fraco quando Governo se dizia forte"

A líder do BE defendeu hoje que este orçamento "já era fraco quando o Governo se dizia forte" porque "escolhe remendos" em vez de soluções, considerando que, se o objetivo "era calar a direita", o PS cumpriu a missão.

Mortágua diz que orçamento "já era fraco quando Governo se dizia forte"
Notícias ao Minuto

12:27 - 29/11/23 por Lusa

Política OE2024

No encerramento da especialidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), Mariana Mortágua enfatizou que o debate orçamental que hoje termina tinha começado "ainda num ciclo político que entretanto terminou", numa referência à crise política que entretanto precipitou eleições antecipadas para 10 de março.

"A fraqueza deste orçamento não é ser defendido por um Governo demissionário. O Orçamento já era fraco quando o governo se dizia forte e é fraco porque escolhe remendos, quando o país exige soluções", criticou.

Na opinião da coordenadora do BE, a maioria absoluta do PS ignorou os problemas do país, antecipando que pelas soluções, agora responderá povo".

Na opinião de Mortágua, há uma proposta do PS que "fala por todo este orçamento" e "é o ex-libris da maioria absoluta na hora da despedida".

"O país está a arder com a crise da habitação e o PS entende que a prioridade é proteger os especuladores imobiliários que pretendem manter aberta a torneira fiscal a favor dos estrangeiros endinheirados, com um custo anual de 1400 milhões de euros", criticou.

Para a coordenadora do BE, se o objetivo dos deputados do PS "era calar a direita, missão cumprida".

"O desnorte do PSD é tal que volta a tentar que os professores se esqueçam que se juntou ao PS para impedir a recuperação do tempo de serviço. A direita não sabe o que dizer e por isso finge que o problema são os impostos", condenou.

Mariana Mortágua ironizou ao dizer que não queria ser injusta para o Governo do PS porque "nem todas as expectativas foram defraudadas" pelos socialistas com este orçamento.

"As cadeias de supermercados e multinacionais da energia, por exemplo, viram confirmado o fim daquele insípido imposto sobre os lucros extraordinários. Os bancos também viram que havia razões para acreditar: ninguém toca nos 2000 milhões de lucros que arrancaram do crédito à habitação só nos primeiros 9 meses do ano", condenou.

Defendendo que "este orçamento conforta quem vive do privilégio", a líder do BE deixou ainda uma crítica implícita à decisão do PAN e do Livre de se abster no OE2024, sem nunca citar os partidos.

"Pode convencer também quem se deixa levar por promessas de estudos e grupos de trabalho, que decerto recomendarão medidas necessárias, talvez até as mesmas que o orçamento vai recusar no futuro", disse.

Leia Também: OE2024: PAN volta a abster-se na votação final global

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