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"Que país é este em que o salário não paga a renda?", questiona Mortágua

De acordo com a coordenadora do Bloco de Esquerda, "as pessoas estão dependentes das regras que o Governo encontra e da vontade de alargar ou encolher esse subsidio, de mudar as suas regras".

"Que país é este em que o salário não paga a renda?", questiona Mortágua
Notícias ao Minuto

13:28 - 27/10/23 por Notícias ao Minuto

Política BE

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, afirmou, esta sexta-feira, em Lisboa, que o Governo "ao não limitar as rendas, desistiu completamente", criticando a decisão tomada.

"O Governo está a dizer às pessoas: 'esqueçam, os preços das casas não vão baixar'", começou por dizer Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas junto aos trabalhadores da Função Pública que estão em greve.

Segundo a bloquista, "as rendas são impossíveis de pagar" e "há milhares de pessoas que não conseguem ter acesso ao subsídio porque simplesmente não cumprem um dos critérios".

"Em que país é que nós queremos viver quando centenas de milhares de pessoas que são trabalhadoras e recebem o seu salário, depois dependem de um apoio do Governo para pagar a sua casa, uma renda? Que país é este em que o salário não paga a renda e as pessoas dependem de um subsídio para pagar a renda?", questionou Mariana Mortágua.

De acordo com a coordenadora do BE, "as pessoas estão dependentes das regras que o Governo encontra e da vontade de alargar ou encolher esse subsídio, de mudar as suas regras".

"O apoio à renda é muito importante para quem hoje precisa de casa mas o que é mesmo necessário é que os preços baixem para valores que as pessoas possam pagar", frisou, apontando que "o primeiro passo para isso acontecer é congelar as rendas para 2024".

De realçar que o Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, uma atualização automática do apoio à renda de 4,94% para mitigar os aumentos que decorrem da inflação e uma subida do valor dedutível em IRS de 502 para 550 euros.

A medida foi anunciada pela ministra da Habitação no final do Conselho de Ministros em que foi aprovado o decreto-lei reforça o apoio extraordinário às famílias no pagamento das rendas, tendo Marina Gonçalves precisado que o reforço de 4,94% vai ser aplicado de forma automática a quem já recebe este apoio. Além disso, a ministra afastou o 'travão' em 2024, tal como o primeiro-ministro, António Costa, tinha já indicado. 

Este reforço de 4,94% visa mitigar o impacto da atualização das rendas na sequência da fórmula prevista na lei e que, de acordo com o valor de inflação que lhe serve de referência, se vai traduzir num aumento de 6,94% das rendas em 2024.

Leia Também: IMI (que não sobe), rendas e dívida: As 'armas' de Medina na defesa do OE

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