O Livre deu entrada na Assembleia da República, na quinta-feira, de um projeto de resolução que "recomenda ao Governo que se posicione firmemente contra a limpeza étnica da população arménia no Nagorno-Karabakh".
É, também, recomendado ao Governo que "encete todos os esforços que estejam ao seu alcance com vista à criação de uma iniciativa diplomática que contribua para um armistício" e que "contribua para uma solução que permita uma saída segura da população arménia do enclave de Nagorno-Karabakh, de maneira a proteger vidas".
O Executivo deve, também, unir-se a "todos os que, nas instituições internacionais pertinentes, contribuam para a construção de um caminho de regresso à mesa de negociações das partes intervenientes no conflito", pede o Livre.
"Perante relatos de escassez severa de recursos e bens fundamentais, e notícias de explosões em locais onde civis tentavam suprir necessidades básicas para a sua sobrevivência", o partido liderado por Rui Tavares considera que "Portugal e a Europa têm a obrigação moral de demonstrar toda a sua solidariedade para com uma população que está a ser alvo de uma tentativa de limpeza étnica
O Livre acusa "o agravamento da ofensiva militar do Azerbaijão na autoproclamada República do Nagorno-Karabakh", em que "milhares de pessoas tentam passagem segura para a Arménia através do Corredor de Lanchin, numa região que balançava num equilíbrio frágil que se vinha a desmoronar desde 2022, altura em que a Rússia focou toda a sua atenção na invasão da Ucrânia".
Com este contexto como pano de fundo, em que "o Livre lamenta profundamente a situação de grande insegurança e a perda de vida humana que resultam deste confronto", esta estrutura política assegura que "o respeito pelas fronteiras internacionalmente reconhecidas do Azerbaijão é um valor que não dispensa o governo e as tropas deste país de respeitar os direitos da minoria arménia, igualmente consagrados no direito internacional"..
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