Habitação? CDS-PP acusa Governo de "vender ilusões"
Partido centrista, que perdeu o assento parlamentar nas eleições legislativas de 2022, apontou o dedo ao Executivo no âmbito das propostas apresentadas para combater a crise na Habitação.
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Política Habitação
O CDS-PP acusou, esta quinta-feira, o Governo de especializar-se "em vender ilusões aos portugueses".
"A moda atual socialista é o uso das moratórias para fingir que estão a lidar com os problemas, quando na realidade apenas os estão a adiar sem os conseguir resolver", disparou o líder do partido, Nuno Melo, em comunicado enviado às redações, criticando as medidas de apoio à habitação aprovadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros.
O CDS-PP considera que "a moratória de juros hoje anunciada visa apenas criar uma ilusão aos portugueses", sendo que, "ao anunciar o desconto de 30% na taxa de juro" o Governo está a "iludir".
"Não há qualquer desconto ou qualquer diminuição - os juros serão pagos daqui a dois anos - e o atraso no seu pagamento serve apenas para adiar um problema que já teria sido mitigado se o Governo aceitasse a proposta do CDS-PP de abater no IRS os juros no crédito à habitação, de forma a aliviar os custos crescentes que as famílias portuguesas estão a enfrentar com a compra de habitação", lê-se na mesma nota.
Os centristas afirmam que aquilo que "os portugueses precisam" é que "sejam tomadas medidas que resolvam as suas dificuldades e não de meros paliativos que servem apenas para iludir e adiar os problemas".
"A medida proposta pelo CDS-PP é uma resposta efetiva e duradoura de apoio aos portugueses que pagam hoje prestações cada vez mais elevadas no crédito à habitação", conclui Nuno Melo.
O Conselho de Ministros aprovou, esta quinta-feira, a "fixação temporária da prestação de contratos de crédito para aquisição ou construção de habitação própria permanente, procurando conferir maior previsibilidade e mitigar os efeitos do incremento dos indexantes de referência", conforme se lê no comunicado emitido após a reunião.
"O diploma permite reduzir a prestação paga pelos mutuários de crédito à habitação e estabilizá-la pelo prazo de dois anos", lê-se na nota.
De uma forma resumida, as famílias poderão pedir ao banco que a prestação do seu crédito à habitação passe a ser fixa por um período de dois anos. Como? Durante aquele período, a taxa de juro implícita não deverá ultrapassar os 70% da Euribor a seis meses, explicou o ministro das Finanças, Fernando Medina. A medida abrange empréstimos contraídos até 15 de março de 2023.
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