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Moção do Chega? "Dedica zero palavras à Educação, o tema mais importante"

A antiga coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, falou ainda da falta de docentes no arranque do ano letivo, culpando o Governo, que "não tem uma única solução", apesar de ser um problema "que agravou ao longo destes anos".

Moção do Chega? "Dedica zero palavras à Educação, o tema mais importante"

A antiga coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, elaborou, esta segunda-feira, que "é desesperante ver a absoluta inação do Governo", face às notícias que dão conta de milhares de alunos sem professores no arranque do novo ano letivo.

"Desde 2016 que o Conselho Nacional de Educação vem alertando para o facto de Portugal ficar sem os professores que precisa. Desde essa altura até agora continuou-se um braço de ferro com os professores, que o que fez foi uma degradação das suas condições de trabalho", começou por referir a bloquista, no programa Linhas Vermelhas, da SIC Notícias.

Segundo Catarina Martins, "o problema que já se via em 2016 e só se agravou ao longo destes anos". "O Governo não só mantém um braço de ferro com os sindicatos - em que não se avança nada - como agrava as condições concretas das escolas", atirou ainda.

Voltando-se para o ministro da Educação, a ex-coordenadora do Bloco de Esquerda apontou que, embora tenha conhecimento das dificuldades, "o Governo não tem uma única solução". "Cada ano que se não se resolve o problema, o problema aumenta, está sempre aumentar", acrescentou.

Na ótica de Catarina Martins, "os trabalhadores da escola têm sido excecionais estes anos", uma vez que "com todas as dificuldades", "é extraordinário o esforço que tem sido feito para que os anos letivos decorram, para que o abandono escolar seja combatido".

Moção de Censura ao Governo pelo Chega

Sobre o que considera "um debate de atualidade que o Chega faz", que se vai realizar na terça-feira, na Assembleia da República, a bloquista refere que crê que o partido que liderou "votará contra".

"O Chega apresenta moções de censura sempre que pode, quer ser sempre o primeiro a chegar - vai a correr muito - portanto deixou de ser uma moção de censura e passa a ser um debate de atualidade marcado pelo Chega no início das sessões legislativas", assinalou.

Catarina Martins, que leu o texto da moção de censura do partido, realçou que, numa altura em que se debate um problema de professores, aquele documento "dedica um total de zero palavras ao tema da Educação".

"Acho extraordinário, num momento em que devíamos estar a discutir no Parlamento o início do ano escolar todas as dificuldades, o Chega decide fazer um debate para dizer que está cá a espernear muito e até se esqueceu do tema que era mais importante esta semana", denotou.

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