"Tudo tem o seu tempo e a seu tempo o PS fará essa escolha. Este não é um projeto de poder, muito menos um projeto pessoal. É um projeto para construir soluções que melhorem a vida das pessoas", afirmou Marta Temido, na apresentação da candidatura à presidência da concelhia de Lisboa do PS, na passada quinta-feira, 29 de junho.
Questionada pelos jornalistas sobre a possibilidade de ser a candidata socialista à presidência da Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, em 2025, a ex-ministra da Saúde respondeu: "Da mesma forma que estive disponível para este trabalho na concelhia, estarei disponível se o Partido Socialista precisar de mim, mas este não é esse momento".
Na apresentação da candidatura de Marta Temido, o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do Partido Socialista, Duarte Cordeiro, que já foi vereador na Câmara de Lisboa e é agora ministro do Governo liderado por António Costa, realçou o facto de a sede nacional do PS estar cheia, considerando que "não é por acaso".
"A Marta vai-nos liderar no processo de reconquista da Câmara Municipal de Lisboa", disse Duarte Cordeiro, referindo que a candidatura à concelhia de Lisboa "representa claramente uma expectativa, uma esperança, uma confiança para o Partido Socialista em Lisboa".
Nas eleições autárquicas de setembro de 2021, o social-democrata Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), retirando a autarquia ao PS, que liderou o executivo da capital durante 14 anos.
"A Lisboa que queremos" é o 'slogan' da candidatura encabeçada por Marta Temido, que será submetida a votos nas eleições intercalares para a concelhia de Lisboa do PS, que se realizam na sexta-feira.
"A Lisboa que queremos ambiciona uma cidade mais justa para todos enquanto qualifica o território e promove a sustentabilidade global", declarou Marta Temido, criticando a atual liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta, pela higiene urbana que está "a funcionar pior" e pela mobilidade "caótica" na cidade.
Em fevereiro, a ex-ministra da Saúde assumiu transitoriamente a liderança da concelhia de Lisboa do PS, até à convocação de novas eleições para a estrutura, na sequência da demissão de Davide Amado, após ter sido noticiado pela CNN Portugal/TVI que está acusado de participação económica em negócio e abuso de poder.
A antiga titular da pasta da Saúde era a número dois da concelhia socialista de Lisboa, pelo que passou a assumir a presidência até à realização de novas eleições.
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