Meteorologia

  • 22 SETEMBRO 2023
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

SIS? Perguntas a Costa são "oportunidade", mas PSD não descarta comissão

Em causa está o envio de perguntas que o partido vai remeter para o Governo, devido à intervenção do SIS.

SIS? Perguntas a Costa são "oportunidade", mas PSD não descarta comissão
Notícias ao Minuto

12:31 - 30/05/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política PSD

O presidente do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, falou, esta terça-feira sobre  as perguntas que o partido vai enviar ao primeiro-ministro, António Costa, no âmbito da Intervenção dos serviços de informações (SIS), medida anunciada na segunda-feira.

"As respostas estão do lado do Governo e do primeiro-ministro. Vamos endossar perguntas ao primeiro-ministro para que ele não desperdice a oportunidade de clarificar toda esta ocorrência e de evitar uma comissão de inquérito sobre este assunto - do nosso ponto de vista, deve ser evitada. Mas não podemos excluir de todo essa possibilidade. Se não sobrar outro instrumento de esclarecimento a não ser esse, não teremos outro remédio",  explicou, na sede do PSD, em Lisboa.

Questionado sobre se concorda com Costa quando este defende que a atuação do SIS foi legal quando 'rebentou' a polémica que envolveu o Ministério das Infraestruturas e um ex-assessor, que levou do alcance da tutela um computador com informação classificada, Montenegro foi assertivo: "Não chega o primeiro-ministro dizer que foi legal. Admito que seja a convicção dele - mas é preciso demonstrá-lo", rematou, referindo que para o PSD, era imprescindível que fossem respondidas estas questões - por forma a chegar, ou não, à mesma conclusão.

"Sinceramente, o que temos visto são versões diferentes, são equívocos. Até na qualificação jurídica da própria ocorrência", recordou, referindo-se à dúvida sobre se foi um roubo ou não e até que ponto era da competência do SIS atuar. "O primeiro-ministro não pode apenas ir à conclusão, tem de explicá-la", reforçou.

O líder social-democrata apontou ainda que, à medida que o tempo passa - e que responsáveis envolvidos são questionados, quer na CPI, quer por jornalistas -, as versões vão sendo alteradas, nomeadamente, falando da intervenção do ministro das Infraestruturas, João Galamba. "Foi à CPI dizer que a primeira pessoa que ligou foi ao ministro da Administração Interna [...]. Disse numa primeira fase que não tinha conseguido falar com o primeiro-ministro e, afinal, não só tinha falado com o primeiro-ministro, como lhe tinha dado conta de todas as diligências que lhe estavam a ser encetadas na altura", concluiu. 

Considerando que o silêncio 'silêncio' do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro sobre o SIS "veio avolumar mais as dúvidas" e afirmou que "parece que se estão a preparar respostas para que tudo encaixe".

"Creio que o secretário de Estado adjunto [do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes], independentemente do que possa vir a dizer em sede parlamentar, já poderia ter contribuído para o esclarecimento, mas só veio avolumar ainda mais a dúvidas, parece que se estão a preparar respostas para que tudo encaixe", considerou rematou.

O PSD vai enviar um requerimento ao primeiro-ministro, entre esta terça e quarta-feira, sobre a atuação dos serviços de informações no caso da recuperação do computador do ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas.

"O que posso anotar como observador é que quanto mais as histórias se querem encaixar, mais elas se desencaixam e aparecem de forma contraditória no espaço público", salientou.

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro - que poderá ter de ir ao parlamento a uma audição sobre o tema - tem-se recusado a responder a perguntas sobre a atuação do SIS na recuperação do computador de um ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, depois de João Galamba ter afirmado, na sua audição na comissão de inquérito à TAP, este mês, que quem lhe disse, em 26 de abril, para contactar os serviços de informações foi Mendonça Mendes.

Em entrevista à RTP, e questionado sobre se mantém a confiança no Conselho de Fiscalização das 'secretas', que tem um elemento indicado pelo PSD, Montenegro admitiu alterações no modo de eleição e defendeu que os seus membros não devem depender nunca da confiança dos partidos. 

[Notícia atualizada às 14h21]

Leia Também: Perder eleições? "O PSD até pode formar governo, mas não é comigo"

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Sétimo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Recomendados para si

Campo obrigatório