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"Realidade exige medidas que invertam empobrecimento do país"

A ex-líder do Partido Social Democrata (PSD) reagiu à apresentação do Programa de Estabilidade para os próximos quatro anos com apreensão, julgando ser necessários "certo tipo de medidas e de políticas" para dar a volta ao "empobrecimento do país".

"Realidade exige medidas que invertam empobrecimento do país"
Notícias ao Minuto

23:38 - 20/04/23 por Notícias ao Minuto

Política Manuela Ferreira Leite

Depois do ministro das Finanças ter apresentado o Programa de Estabilidade para 2023-2027 no início da semana - no qual reviu a inflação em alta para 5,1% este ano -, Manuela Ferreira Leite considerou, esta quinta-feira, que as perspectivas da economia portuguesa "não são muito animadoras" para este segundo trimestre do ano, destacando o caso do desemprego e das exportações.

"Dos aspetos que o ministro das Finanças focou, eu registei mais o que ele não disse. E o que ele não disse foi que as análises que já existem do segundo trimestre da economia portuguesa não são muito animadoras. É verdade que há algum tipo de crescimento, que está medido, mas faltam os elementos que ele não disse e que são preocupantes", começou a dizer a ex-líder do Partido Social-Democrata, no seu espaço de comentário na CNN Portugal.

Num primeiro ponto, Ferreira Leite focou a questão do desemprego. "As estatísticas dizem que está a decrescer, mas não dizem um aspeto adicional que é que o desemprego dos novos desempregados está a aumentar de forma muito significativa e isso tem significado em termos económicos".

Por outro lado, a questão do aumento das exportações que, afirmou, "seria um bom indicador que pode ser um indicador de uma maior competitividade do país, que a falta de competitividade é um dos problemas mais graves que nós temos", mas "crescem por causa do turismo e aqui não conta a competitividade".

"O consumo está muito frágil e o investimento público está muito aquém do programado. São aspectos que não sendo ditos no seu significado dos números que são ditos, percebe-se que existe alguma prudência, mas há aspectos que não são só por uma questão de prudência, são por uma questão de realidade que exige certo tipo de medidas e de políticas que invertam aquilo que pode ser um empobrecimento do país", referiu.

Recorde-se que o Governo apresentou na segunda-feira o Programa de Estabilidade para 2023-2027, no qual inscreveu uma revisão em alta do crescimento do PIB deste ano para 1,8% e reviu em baixa o défice orçamental, prevendo que estabilize em 0,4%.

No documento que enviou à Comissão Europeia e à Assembleia da República, o Ministério das Finanças fez uma revisão em alta do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação face ao previsto em outubro no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), mas cortou a previsão do défice e da dívida pública.

O Governo anunciou que os pensionistas irão ter um aumento intercalar de 3,57% a partir de julho deste ano e a correção da base das pensões em 2024, para aplicação integral da fórmula de atualização prevista na lei.

Na apresentação do cenário macroeconómico, em Lisboa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu que a economia cresce este ano acima da média europeia e estabiliza no médio prazo e a inflação irá diminuir de forma gradual e "consistente", assumindo como três pilares para a trajetória de crescimento sustentável: proteger o rendimento das famílias, acelerar o investimento modernizador e prosseguir a redução do rácio da dívida pública.

Leia Também: Programa de Estabilidade "segue linha política deste Governo"

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