Livre solidariza-se com comunidade ismaelita em Portugal
O deputado do Livre, Rui Tavares, manifestou hoje consternação pela morte de duas pessoas na sequência do ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, e solidarizou-se com a comunidade ismaelita, destacando o papel social que desempenha em Portugal.
© Thierry Monasse/Getty Images
Política Ataque em Lisboa
Numa declaração aos jornalistas no parlamento, Rui Tavares manifestou "a consternação do Livre com aquilo que se passou no Centro Ismaili, com o assassinato de duas pessoas".
"A comunidade ismaelita, que tem toda a nossa solidariedade e gratidão pelo papel humanitário, social, filantrópico que tem desempenhado no nosso país, merece apoio neste momento, como merece, acima de tudo, a família das vítimas por aquilo que se passou", afirmou.
O dirigente do Livre salientou que a comunidade ismaelita está em Portugal "há muitas gerações", e apesar de ser "relativamente discreta", é "conhecida de todos".
"São nossos vizinhos, são nossos amigos, são nossos colegas de trabalho, são nossos concidadãos", indicou, considerando que estas pessoas "têm desempenhado um papel extraordinário e isso deve ser salientado num dia como este".
Rui Tavares criticou "todos aqueles que fizerem um aproveitamento político de um caso criminal destes", apontando que "estão evidentemente a colocar-se do lado de fora da decência e da respeitabilidade democrática".
"Espero que quem o faça tenha da parte dos outros partidos a resposta de que com eles não quererem, de nenhuma forma, colaborar. Não podemos deixar que se degrade o ambiente do debate público no nosso país, a ponto de que um caso como este seja utilizado para meras manobras de comunicação política oportunistas e desrespeitosas da dignidade das vítimas", defendeu.
Duas mulheres foram hoje mortas no Centro Ismaili, em Lisboa, num ataque com uma arma branca por um homem que foi detido e que está hospitalizado após sido baleado pela polícia.
O ataque -- cuja motivação é ainda desconhecida -- fez mais um ferido, e foi condenado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.
O ministro da Administração Interna indicou que o homem afegão suspeito do ataque, que foi um presumível "ato isolado", é beneficiário do estatuto de proteção internacional e não era alvo de "qualquer sinalização" pelas autoridades.
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