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Melo aponta resistência e diz que CDS está "longe de ter desaparecido"

O presidente do CDS-PP considerou hoje que o seu primeiro ano na liderança foi "de resistência" e defendeu que o partido está "muito longe de ter desaparecido", almejando uma inversão de ciclo e melhores resultados nas próximas eleições.

Melo aponta resistência e diz que CDS está "longe de ter desaparecido"
Notícias ao Minuto

12:24 - 03/03/23 por Lusa

Política CDS

"O balanço que eu posso fazer é de um partido que resiste e que agora trabalha para inverter um ciclo e crescer em eleições futuras", afirmou Nuno Melo, em declarações à agência Lusa, quando falta um mês para completar um ano na liderança dos centristas.

Nuno Melo foi eleito presidente do CDS-PP (para um mandato de dois anos) em 03 de abril do ano passado, no 29.º Congresso Nacional do partido, depois de a sua Comissão Política Nacional obter 74,93% dos votos dos delegados.

O líder centrista sucedeu a Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu na noite das últimas eleições legislativas, na sequência de, pela primeira vez na história, o CDS-PP ter falhado a eleição de deputados à Assembleia da República.

O eurodeputado considerou ser "evidente que há um antes e um depois do dia 30 de janeiro de 2022".

"O CDS perdeu o grupo parlamentar. Tendo perdido o grupo parlamentar, perdeu grande parte do financiamento e muita da exposição mediática, e estes são aspetos relevantes quando se faz política", admitiu.

Ainda assim, Nuno Melo sublinhou que "o CDS persiste como um partido com uma representação política muito relevante nas autarquias locais, onde governa sozinho seis câmaras, mais de 40 em coligação com o PSD, nos governos regionais dos Açores e da Madeira participando do executivo, e no Parlamento Europeu".

O dirigente do CDS salientou que "o partido está muito longe de ter desaparecido, pelo contrário".

O líder centrista considerou existir "uma grande motivação e mobilização das estruturas locais" e que, pelo país, "as salas enchem-se e o espírito das pessoas do CDS é no sentido de trazer para o partido o brilho e a força de outros tempos".

Melo admitiu que "este tem sido um ano de resistência" e que tem "consciência de que este caminho será necessariamente lento", mas defendeu que "o CDS tem conseguido também, simultaneamente, manter-se na linha da frente do debate político em muitas áreas" e tem "conseguido trazer para a agenda política temas que são relevantes".

O presidente centrista considerou "uma anedota" e "um disparate" sondagens que não apontam qualquer intenção de voto ao CDS-PP.

"A grande sondagem do CDS aconteceu quase sempre nas urnas", indicou, salientando que "normalmente, salvo raríssimas exceções, o CDS teve sempre muito melhor desempenho nas urnas do que nas sondagens".

"Nós não devemos desvalorizar totalmente as sondagens, devemos estar atentos às tendências, mas devemos principalmente motivar a pensar nas eleições", acrescentou.

Relativamente ao número de militantes, Nuno Melo afirmou que, "apesar das nossas circunstâncias, o CDS tem conseguido manter o essencial dos seus militantes e, por outro lado, há novas filiações que têm acontecido".

Esta semana, o partido divulgou que cerca de uma centena de militantes que saíram do partido para integrar outros, como o Chega, vão voltar a filiar-se no CDS.

Confrontado com dificuldades financeiras na sequência de não ter conseguido eleger nenhum deputado, o partido tornou obrigatório o pagamento de quotas e despediu vários funcionários da sede nacional.

O CDS-PP vai elaborar também um novo programa, que será posto à consideração das bases num "congresso refundador" que deverá acontecer ainda este ano.

[Notícia atualizada às 13h00]

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