Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

Bloco quer esclarecimentos sobre anterior executivo da Câmara de Espinho

O Bloco de Esquerda requereu esta quinta-feira esclarecimentos da atual presidente da Câmara de Espinho, Maria Manuel Cruz (PS), sobre a atuação do anterior executivo liderado por Miguel Reis, detido na operação Vórtex, nas situações relacionadas com o grupo Pessegueiro.

Bloco quer esclarecimentos sobre anterior executivo da Câmara de Espinho
Notícias ao Minuto

22:00 - 19/01/23 por Lusa

Política Espinho

Num requerimento entregue ao presidente da Assembleia Municipal de Espinho, os bloquistas consideram indispensável que a presidente da Câmara elucide quanto ao conhecimento prévio ou posterior à renúncia do seu antecessor, Miguel Reis, relativamente à ação do anterior executivo (que a atual presidente, bem como a vereadora Leonor Fonseca integravam) em matérias de licenciamentos, autorizações ou concessões relacionadas com o grupo Pessegueiro.

"Nas reuniões da Câmara Municipal, então liderada por Miguel Reis, tais assuntos nunca foram abordados? Nas reuniões do executivo liderado por Miguel Reis, a sua equipa, da qual faziam parte Maria Manuel Cruz e Leonor Fonseca, nunca obteve quaisquer informações a este respeito?", questionam os bloquistas.

O Bloco quer saber também o que a atual presidente da Câmara conhece sobre estes alegados favorecimentos, nomeadamente quantos atos políticos houve, da parte de Miguel Reis, relacionados com esse grupo imobiliário durante o seu tempo de governação do município e quais foram.

No documento, subscrito pelo vogal do Bloco João Matos, é ainda questionada qual a consequência política que a presidente da Câmara dará às decisões do seu antecessor, e que, segundo os bloquistas, se traduziram em "atentados urbanísticos", nomeadamente se irá anular tais "desastrosas e lesivas" decisões.

Finalmente, o Bloco pede que seja tornado público o documento que atesta a convocação pela presidente da Câmara da Inspeção Geral das Finanças para que esta dê início, o mais rapidamente possível, à anunciada auditoria ao funcionamento da Câmara Municipal, a começar pela área do urbanismo.

O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), - que entretanto renunciou ao mandato - um funcionário desta autarquia e três empresários foram detidos na semana passada por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências na Operação Vórtex.

A residência de Joaquim Pinto Moreira (PSD), ex-presidente da Câmara de Espinho entre 2009 e 2021, também foi alvo de buscas, mas o atual deputado não foi detido.

A operação da Polícia Judiciária contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.

"A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", explicou a PJ.

Leia Também: Nova presidente da Câmara de Espinho anuncia auditoria à autarquia

Recomendados para si

;
Campo obrigatório