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"Inaceitável", "ódio à democracia". Portugal condena invasões em Brasília

Invasão das principais instituições brasileiras por parte de bolsonaristas mereceu a condenação de várias figuras da política portuguesa, com muitos a comparar o que aconteceu este domingo com o que se passou em janeiro de 2021, em Washington, quando apoiantes de Trump invadiram o Capitólio.

"Inaceitável", "ódio à democracia". Portugal condena invasões em Brasília
Notícias ao Minuto

08:25 - 09/01/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Brasil

Face à violência que se viveu em Brasília, onde apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes das principais instituições brasileiras, muitas foram as caras da comunidade internacional que se apressaram a condenar o sucedido, tal como aconteceu em Portugal.

Por cá, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou "repúdio" pelos atos que descreveu como "inconstitucionais e ilegais" e que são "inadmissíveis e intoleráveis em Democracia". Marcelo falou ainda com  Lula da Silva, o seu homólogo brasileiro, que agradeceu a "condenação e repúdio" demonstrados por Portugal. 

No Twitter, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, exprimiu "o mais veemente repúdio pelo ataque ao Congresso do Brasil". "Toda a solidariedade às instituições democráticas brasileiras e, em particular, ao Senado e à Câmara de Representantes", escreveu.

Também o Partido Socialista (PS) manifestou o seu apoio ao governo de Lula da Silva, salientando a defesa do Estado de Direito e apelou ao regresso rápido à normalidade democrática no Brasil. 

"O PS apoia o Governo de Lula da Silva, legitimamente eleito nas últimas eleições pelo povo brasileiro. O PS condena todas as ações que pretendem colocar em causa os governos democraticamente eleitos", lê-se numa nota da direção do PS.

Já o PSD condenou, de "forma veemente", a invasão, considerando inaceitáveis atos que coloquem em causa a ordem pública e as instituições democráticas. 

"Para o PSD, são inaceitáveis quaisquer atos que coloquem em causa a ordem pública e o regular funcionamento das instituições democráticas", refere uma nota do partido liderado por Luís Montenegro.

Por sua vez, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, recorreu ao Twitter para condenar a invasão e considerou estar perante o mesmo ódio à democracia dos apoiantes de Donald Trump. 

"Seguidores de Bolsonaro invadem e destroem o Congresso, a sede do governo e o supremo tribunal brasileiros. O mesmo ódio à democracia dos apoiantes de Trump. O tempo é de todos os perigos", escreveu naquela rede social.

Na mesma rede social, a deputada do PAN, Inês Sousa Real, considerou inaceitável a invasão e salientou que a violência e a desordem não podem ser toleradas. "Esta ação, tal como a que aconteceu nos EUA, mostra bem o perigo das forças políticas anti-democráticas", escreveu.

Rui Tavares, deputado do Livre, também condenou o sucedido e pediu solidariedade em relação aos democratas e a rejeição de qualquer golpismo. "A tentativa de golpe em curso em Brasília, decalcada do 06 de janeiro 2021 em Washington, é a prova de que esses nacionalistas internacionais se imitam e contam com as mesmas cumplicidades. A resposta deve ser solidariedade com os democratas brasileiros e rejeição de qualquer golpismo", disse Rui Tavares no Twitter.

o líder do Chega falou numa tentativa de "subversão democrática" por parte de apoiantes do ex-Presidente do Brasil e pediu a Jair Bolsonaro para serenar os ânimos. 

"Este é um dia negro e triste para o Brasil. Às vezes, os líderes têm de ir contra os seus próprios movimentos e apoiantes para fazer valer as regras democráticas", declarou, em declarações aos jornalistas.

Recorde-se que, domingo, apoiantes do ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes dos três poderes do país em Brasília, obrigando a uma intervenção federal para repor a ordem.

A Polícia Militar conseguiu, entretanto, recuperar o controlo da sede do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, assim como desocupar totalmente a praça dos Três Poderes, na capital brasileira, numa operação que resultou também em pelo menos 300 detenções.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes de Bolsonaro, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a esplanada dos Ministérios, em Brasília.

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