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Costa descarta Presidência e lança farpas a "queques que guincham" da IL

O primeiro-ministro considerou que a mudança da liderança da IL se deve ao facto de Cotrim Figueiredo "não se conseguir adaptar a este novo estilo histriónico que a Iniciativa Liberal quer".

Costa descarta Presidência e lança farpas a "queques que guincham" da IL

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou que “jamais” se irá candidatar à Presidência da República, alegando que “quem tem vocação” para chefe de Governo “dificilmente se adaptará” a Presidente. Em entrevista à revista Visão, o socialista criticou ainda partidos da oposição, sobretudo o Partido Social Democrata (PSD) e a Iniciativa Liberal, a quem apelidou de “queques”.

Questionado sobre uma possível corrida a Belém, Costa afirmou que tal “é um assunto que nem vale a pena perder tempo”. “Eu já expliquei 30 mil vezes. Nunca, jamais, em tempo algum. E não é ‘jamé’ [pronunciação francesa de ‘jamais’], é mesmo nunca”, frisou.

E explicou as suas razões: “Há uma razão fundamental que é assim: cada um tem a vocação que tem, e quem gosta de ser primeiro-ministro e tem vocação para isso dificilmente se adaptará a uma função que é muito distinta”.

O governante tem ainda receios de que "quem gostou de ser primeiro-ministro" poderá "criar problemas", em Belém, "a quem for primeiro-ministro na altura". "E os Presidentes da República não existem para criar problemas. Existem para assegurar a unidade nacional", asseverou.

Já questionado se estaria interessado numa alta função nas instituições europeias, o primeiro-ministro defendeu que já tem esse cargo "por inerência", enquanto chefe de Governo de um Estado-membro da União Europeia, o que lhe dá um assento no Conselho Europeu.

"Tenho um mandato, aqui, até outubro de 2026. (...) Neste momento, tenho uma grande missão, que me ocupa bastante e me deixa totalmente realizado. Na minha vida, nunca andei a pensar no que ia fazer a seguir", afirmou.

"Fica é ridículo porque os 'queques', quando tentam guinchar, ficam ridículos perante o vozeirão popular que o [André] Ventura consegue fazer"

Na mesma entrevista, António Costa negou estar “cansado” e lembrou a saída de três líderes políticos desde as eleições legislativas. “Cansado? Desde as eleições, quem se cansou foi um líder do PSD, um líder da Iniciativa Liberal e um líder do PCP”, atirou, quando questionado pela Visão.

“Eu ainda aqui estou. E por mais quatro anos… Até ao final do mandato”, acrescentou, frisando que os partidos têm de se "habituar a viver com a escolha dos portugueses".

O chefe de Governo comentou ainda a mudança da liderança da IL, defendendo que se deve ao facto de João Cotrim de Figueiredo "não se conseguir adaptar a este novo estilo histriónico que a Iniciativa Liberal quer ter, de guinchar um bocadinho mais alto do que o Chega". "Fica é ridículo porque os 'queques', quando tentam guinchar, ficam ridículos perante o vozeirão popular que o [André] Ventura consegue fazer", disse.

IL e PSD já reagiram

As declarações do primeiro-ministro à revista do Visão já foram criticadas tanto pelo PSD, como pela Iniciativa Liberal. Esta quinta-feira, o líder dos sociais-democratas, Luís Montenegro, defendeu que é António Costa que “tem de se habituar a ter uma oposição firme e exigente”

“Eu creio que a necessidade que o primeiro-ministro tem de enfatizar tanto que vai estar quatro anos a governar já diz muito. Por que razão é que não haveria de ficar quatro anos? Ele foi eleito, obteve maioria absoluta, tem estabilidade governativa, tem todas as condições para executar o seu programa, era o que mais faltava que ele se quisesse eximir a essa responsabilidade", disse ainda.

Por sua vez, os candidatos à liderança da IL criticaram os termos usados por António Costa, tendo Carla Castro considerado que são "absolutamente impróprios para um primeiro-ministro" e Rui Rocha condenado os "modos grosseiros" do chefe do executivo.

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