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PPE está "empenhadíssimo com reforço de transparência" na UE

O presidente do PSD, Luís Montenegro, disse hoje que o Partido Popular Europeu está "empenhadíssimo com o reforço de transparência" nas instituições da União Europeia (UE), pelo escândalo de corrupção que envolve a ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili.

PPE está "empenhadíssimo com reforço de transparência" na UE
Notícias ao Minuto

10:21 - 15/12/22 por Lusa

Política Corrupção

"O PPE está empenhadíssimo em poder ter o reforço de transparência nas instituições europeias, cuja credibilidade é fortemente afetada com este episódio à volta de uma vice-presidente socialista do Parlamento Europeu", declarou Luís Montenegro.

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, à margem de uma cimeira do Partido Popular Europeu, o líder social-democrata vincou que "esta é, de facto, uma machadada enorme na credibilidade das instituições europeias e merece ser investigada até às últimas consequências".

"Eu quero aqui registar com satisfação a posição firme da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola [também do PPE], em cujo conteúdo de intervenção me revejo completamente", adiantou Luís Montenegro.

Em causa está o escândalo de corrupção que abalou nos últimos dias o Parlamento Europeu, com a detenção de vários suspeitos de envolvimento num alegado esquema de subornos do Qatar para influenciar as decisões políticas da assembleia europeia, entre os quais uma então vice-presidente do Parlamento Europeu, a grega Eva Kaili, entretanto destituída das suas funções.

Na terça-feira, a presidente do Parlamento Europeu assumiu "fúria, raiva e tristeza" com o caso de corrupção que envolve membros daquela assembleia, mas garantiu que a instituição trabalha com a justiça e anunciou uma reforma interna para reforçar a transparência.

Dirigindo-se ao hemiciclo no início da sessão plenária, Roberta Metsola começou por confidenciar que os últimos dias foram "dos mais longos" da sua carreira, face à investigação policial que levou à detenção de várias pessoas, entre as quais uma vice-presidente do Parlamento Europeu, a deputada grega Eva Kaili, por alegado envolvimento num caso de corrupção relacionado com subornos do Qatar para influenciar as decisões da instituição relativas à celebração do Mundial de futebol naquele país.

"Tenho de escolher as minhas palavras com muito cuidado para não comprometer de forma alguma as investigações em curso ou prejudicar o princípio da presunção de inocência, e vou fazê-lo. Por isso, se a minha fúria, a minha raiva e a minha tristeza não transparecerem, acreditem que estão muito presentes, juntamente com a minha determinação para que esta casa fique mais forte" na sequência deste escândalo, declarou a dirigente maltesa.

A eurodeputada grega Eva Kaili, vice-presidente do Parlamento Europeu e membro da bancada dos Socialistas Europeus (S&D), encontra-se detida na Bélgica por alegado envolvimento num caso de corrupção relacionado com subornos do Qatar para influenciar as decisões do Parlamento Europeu relativas à realização da edição de 2022 do Mundial de futebol naquele país.

Um juiz belga decidiu no domingo acusá-la juntamente com outras três pessoas - incluindo o seu companheiro, o italiano Francesco Giorgi - pelo crime de participação em organização criminosa, branqueamento de capital e corrupção.

Leia Também: Eva Kaili em preventiva pelo menos até à próxima semana

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