A dirigente do PAN (Pessoas - Animais - Natureza), Inês de Sousa Real, considerou que as "cheias dos últimos dias são o resultado de uma política inconsequente de betonização e impermeabilização dos solos", através de uma série de publicações na rede social Twitter.
"Não podemos continuar a ocupar orlas costeiras, ribeiras, zonas húmidas, a destruir o verde que resta e esperar que depois as intempéries não nos batam à porta", considerou ainda a deputada única do partido ecologista.
Inês de Sousa Real quis ainda destacar, pela mesma via, as "consequências devastadoras como as que temos assistido" recentemente, "com perda de vidas humanas e de animais, destruição de bens e afetando o comércio e serviços".
Perante o cenário que tem afetado o território nacional nos últimos dias, a líder do PAN defendeu que é "fundamental que o atlas climático aprovado no OE2023 seja realizado, para que se adapte e prepare o território". Porém, voltou a reforçar, "no imediato há muito a fazer, a começar pela declaração do estado de calamidade nas zonas afetadas".
Isto, elaborou, "para que o fundo de emergência municipal seja ativado", na sequência da proposta apresentada pelo PAN na Assembleia da República, bem como os "Planos de Contingência para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo".
E pior, com consequências devastadoras como as que temos assistido, com perda de vidas humanas e de animais, destruição de bens e afetando o comércio e serviços. É fundamental que o atlas climático aprovado no OE2023 seja realizado, para que se adapte e prepare o território.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) December 13, 2022
Na rede social Twitter, a deputada ecologista veio ainda pedir a "articulação entre a Proteção Civil e as autoridades veterinárias para o socorro de animais que se encontrem em situação de perigo" no contexto das cheias que têm assolado o país - tendo ainda apelado a todos os cidadãos para que não "deixem os animais acorrentados ou fechados, em particular em espaços baixos ou exíguos, sem terem qualquer hipótese de fuga".
Segundo o mais recente balanço da Proteção Civil, registaram-se, até às 22h30 de terça-feira, 2.992 ocorrências. Quase metade delas diziam respeito ao distrito de Lisboa, com principal destaque para os casos de inundações. 82 pessoas viriam, por sua vez, a ficar desalojadas em Portugal Continental.
Para esta quarta-feira está previsto um novo agravamento meteorológico, entre as 9h e as 18h, com a ocorrência de chuva persistente e pontualmente forte.
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