PSD: "A pobreza e a violência contra as mulheres são uma vergonha"
Montenegro defendeu que é necessária uma intervenção cívica mais enérgica para “contrariar os números”.
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Política PSD
O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou, no sábado, que a "pobreza e a violência contra as mulheres são uma vergonha" que é preciso "enfrentar, combater, erradicar”.
As declarações foram proferidas em Castelo de Paiva, num jantar com militantes, que são aqui citadas numa nota no site do partido.
Recordando a "dimensão humana, personalista, de respeito por cada ser humano” que recai sobre cada indivíduo, Montenegro defendeu que é necessária uma intervenção cívica mais enérgica para “contrariar os números”, mas também “para erradicar” o fenómeno.
“Em Portugal, desde 2004, já foram assassinadas 624 mulheres vítimas de violência doméstica. Este ano já foram assassinadas 23, mais do que as 16 no ano passado. Isto também nos deve envergonhar", apontou ainda o dirigente do PSD, na sua intervenção perante os militantes.
Como tinha já sido noticiado, o presidente do PSD tinha ainda aproveitado a ocasião para culpar os governos do PS por Portugal estar "cada vez mais pobre" e "no fundo da tabela".
"Estamos num ciclo de empobrecimento galopante, nós estamos a ficar no fundo da tabela quando temos tudo para estarmos no topo", afirmou o líder social-democrata, prosseguindo: "Em Portugal, há cerca de dois milhões de pessoas com rendimento de 554 euros ou menos. E muitos dos que ganham acima é em função das prestações sociais do Estado. Sem isso, o limiar da pobreza atingiria 4,5 milhões de portugueses".
Luís Montenegro assinalou aos militantes, no mesmo discurso, que "em todos os países da Europa houve pandemia, altas taxas de inflação e efeitos da guerra na Ucrânia".
Mas, nesses países, notou, "há mais esperança, criação de riqueza, mais oportunidades e mais empregos disponíveis" do que em Portugal.
"Não há assim tantas razões para ficarmos mais pobres, quando os outros estão a ficar mais ricos, nomeadamente os países que compararam connosco", acentuou, deixando alguns indicadores.
"De 2016 a 2021, Portugal cresceu de forma acumulada 7,1%, mas a média dos países da coesão cresceu 18,4", apontou.
Para o líder do maior partido da oposição, trata-se de "um quadro catastrófico do ponto de vista social" e o país não está a conseguir "aproveitar as oportunidades e potencialidades para dar a volta à situação".
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