"A estabilidade e a confiança precisam mesmo de contas certas"
PS destacou cenário de descida da dívida para 110% e do défice para 0,9%.
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Política OE2023
O Partido Socialista (PS) afirmou, esta sexta-feira, que a "estabilidade e confiança precisam mesmo de contas certas", num comentário ao Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
Em declarações aos jornalistas, Eurico Brilhante Dias começou por dizer que este é "um Orçamento de reforço dos rendimentos, com estabilidade, para dar confiança quando o país enfrenta (...) um momento de grande incerteza".
Interrogado sobre as razões de o Governo manter uma previsão de défice de 1,9% para o final deste ano, apesar de várias entidades admitirem um valor menor, Eurico Brilhante Dias alegou que o conjunto de programas de apoio às famílias e empresas terá esgotado "a margem" para o cumprimento do objetivo do défice.
"Portanto, quando o cenário macroeconómico apresenta para o fecho deste ano um défice de 1,9%, tal é apenas a confirmação que aquilo que dizíamos era verdade e estava correto. O Governo utilizou toda a margem até ao limite de défice que tinha no Orçamento do Estado, que era de 1,9%", advogou.
O deputado destacou depois as projeções do Governo de uma redução da dívida pública para a casa do 110% do Produto Interno Bruto (PIB) e de descida do défice na ordem dos 0,9% em 2023.
"Para 2023, é muito importante dize-lo, a estabilidade e a confiança precisam mesmo de contas certas", afirmou o socialista, acrescentando que "voltaremos a ter um Orçamento do Estado" que terá "uma dívida pública mais baixa, na ordem dos 110%, e um défice orçamental que se estima abaixo de 1%, em torno dos 0,9%".
Para Eurico Brilhante Dias, é importante "estabilidade e confiança" e "garantir" que os portugueses "têm uma melhoria" dos seus rendimentos, "num momento de grande incerteza", quando há inflação.
"Passa por cumprir, ter contas certas, é isso que o Governo nos diz hoje para 2022, concretizando aquilo que tinha prometido no Orçamento do Estado de 2022, é isso que apresenta aos portugueses para 2023", completou.
O Governo apresentou hoje o seu cenário macroeconómico aos partidos com assento parlamentar, três dias antes de entregar a proposta de Orçamento do Estado para 2023 na Assembleia da República.
Nestas reuniões, o executivo esteve representado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.
[Notícia atualizada às 15h54]
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