A deputada do PS, Isabel Moreira, usou, esta segunda-feira, a rede social Twitter para defender o Bloco de Esquerda e o PCP, rejeitando que estes possam representar a extrema-esquerda em Portugal. 

Na sequência da vitória da extrema-direita em Itália, com a vitória de Giorgia Meloni, a semana arranca com um debate sobre o que está a acontecer na Europa, com a ascensão da direita.

O antigo ministro do PSD, Miguel Poiares Maduro, trouxe a lume o debate sobre os extremismos esquerda vs direita.

Isabel Moreira rejeitou que exista em Portugal extrema-esquerda e frisou que, em relação ao Bloco de Esquerda, "imaginar que é uma ameaça aos nossos valores constitucionais basilares é delírio". 

A socialista começou por apontar que "talvez seja notícia para alguns, mas não há extrema-esquerda em Portugal" fazendo referência a uma altura em que "já houve", nomeando o "PRP ou o Projeto Global (que incluía as FP - 25)".

"Felizmente o PCP resistiu a quem dele se afastou para tais derivas e presta até hoje um papel fundamental na democracia. Convém ter um bocadinho de noção do que é - ou foi - a “extrema-esquerda”. O PCP, entre outros feitos, institucionalizou o conflito . É difícil imaginar o nosso mundo sindical sem o PCP", reforçou.

A deputada sublinhou ainda que se deve "parar com simetrias absurdas" entre esquerda e direita e "perceber que PCP e BE não foram - como se viu na geringonça - nenhuma ameaça para os direitos de quem quer se seja", contrariamente à direita, na sua perspetiva.

"A extrema-direita não tem paralelo. Ponto.", conclui. 

Talvez seja notícia para alguns, mas não há extrema-esquerda em portugal . Já houve , o PRB ou o Projeto Global ( que incluía as FP - 25). Felizmente o PCP resistiu a quem dele se afastou para tais derivas e presta até hoje um papel fundamental na democracia .

— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) September 26, 2022

Refira-se que a presidente do partido Irmãos de Itália (FdI), Giorgia Meloni, declarou hoje vitória nas eleições legislativas de domingo em Itália, reivindicando a liderança do próximo governo.

Este será o regresso da extrema-direita ao poder desde a II Guerra Mundial. A última vez que Itália esteve sob liderança da extrema-direita foi com Mussolini, que liderou o Partido Nacional Fascista e estabeleceu sua ditadura totalitária no país. 

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