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"Nos últimos anos, a ministra da Saúde estava dissociada da realidade"

Roque da Cunha lembra ainda as "declarações infelizes" da governante e falta de ação nos vários apelos dos médicos. 

"Nos últimos anos, a ministra da Saúde estava dissociada da realidade"
Notícias ao Minuto

08:08 - 30/08/22 por Notícias ao Minuto

País Roque da Cunha

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), reagiu esta manhã à 'demissão-relâmpago' da ministra da Saúde, Marta Temido, cuja informação foi transmitida durante esta madrugada. 

"Compreendemos a decisão soberana do primeiro-ministro em aceitar o pedido de demissão da doutora Marta Temido", começou por afirmar, em declarações à SIC Notícias. 

O, também, deputado do PSD frisou que "nunca pedimos a demissão de membros do Governo, mas a verdade é que, nos últimos anos, se verificou que a ministra da Saúde estava dissociada da realidade".

"Ainda neste fim de semana afirmou publicamente que tinha contratado milhares de médicos quando nós sabemos que até a própria Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou as necessidades", apontou o secretário-geral do SIM, lembrando a falta de médicos e dificuldades na saúde. 

Roque da Cunha lembra ainda as "declarações infelizes" e falta de ação da ministra nos vários apelos dos médicos

A demissão de Temido sucede à morte de uma grávida, esta segunda-feira, durante o transporte do Hospital de Santa Maria que não tinha vaga para internar o bebé à nascença. O secretário-geral considera que se tratou de um "acumular de situações" e não, apenas, por causa desde caso em particular. 

 "Gostaríamos que o próximo ministro tivesse a capacidade junto do ministro das Finanças de investir no Sistema Nacional de Saúde"Roque da Cunha aponta ainda "incapacidade de organização" e dá recado ao próximo ministro. "Gostaríamos que o próximo ministro tivesse a capacidade junto do ministro das Finanças de investir no Sistema Nacional de Saúde", atira. 

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral afirma que Temido não atendeu "às recomendações que a DGS efetuou ao facto de haver 1 milhão e 500 mil portugueses sem médicos de família, aos problemas permanentes das urgências de obstetrícia de medicina interna e da incapacidade de dialogar com os responsáveis do setor".

A ministra da Saúde demitiu-se por considerar que "deixou de ter condições para se manter no cargo". António Costa "agradece todo o trabalho desenvolvido", em especial, no "período excecional do combate à pandemia da Covid-19".

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