Carga fiscal "recai demasiado sobre quem trabalha", diz Ana Gomes
Ex-candidata do PS frisa que "é sobre quem tem lucros 'caídos do céu' que se exige um justo novo imposto".
© Pedro Pina/RTP
Política Impostos
A ex-eurodeputada Ana Gomes reagiu, esta sexta-feira, às declarações de António Costa sobre o Governo estar a estudar um imposto sobre lucros extraordinários, alertando, porém, que a situação portuguesa "não é comparável à de outros países" devido à carga fiscal elevada sobre as empresas.
Ana Gomes rapidamente reagiu a estas explicações do primeiro-ministro afirmando que "convém" que este não se faça "lucas".
"A questão é sobre quem recai a carga fiscal. E recai demasiado sobre quem trabalha, enquanto é leve ou nula sobre quem enriquece com rendas de capitais", sublinhou.
Na publicação feita no Twitter ao início da tarde, a ex-candidata do PS frisa ainda que "é sobre quem tem lucros 'caídos do céu' que se exige um justo novo imposto".
Convém @antoniocostapm não se fazer de lucas: a questão é sobre quem recai a carga #fiscal. E recai demasiado sobre quem trabalha, enquanto é leve ou nula sobre quem enriquece com rendas de capitais. E é sobre quem tem lucros “caídos do céu” q se exige um justo novo #imposto. https://t.co/cD2Xii5iMo
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) August 12, 2022
Costa foi questionado esta manhã, dia 12 de agosto, sobre as declarações do presidente da PS, Carlos César, que apelou à criação de um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas.
O chefe do executivo sublinhou que o Governo não desconsidera "a situação de que há empresas cuja atividade tem vindo a beneficiar anormalmente pelo facto do aumento dos preços".
No entanto, Costa referiu que "para alguma delas, é preciso ter em conta" que já existem "sobretaxas e sobre sobretaxas".
"Portanto, a nossa situação não é totalmente comparável com a existência [da taxa] noutros países. E isso deve ser tido em conta, porque que já paga mais uma sobretaxa e uma sobretaxa sobre a sobretaxa, se calhar já não é razoável exigir uma terceira sobretaxa. E, portanto, isso deve ser visto com atenção", frisou acrescentando que, apesar disso, o executivo está "a analisar".
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