Meteorologia

  • 05 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 16º MÁX 21º

Agenda laboral do PS "tolera e convive com a precariedade"

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou este sábado em Matosinhos que a proposta do Governo PS de alteração ao Código do Trabalho, designada por agenda do trabalho digno, "tolera e convive com a precariedade".

Agenda laboral do PS "tolera e convive com a precariedade"
Notícias ao Minuto

07:15 - 17/07/22 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

"Uma proposta que não só mantém as normas gravosas do Código do Trabalho como acrescenta novos elementos negativos para os trabalhadores. Em vez de combater a precariedade visando a sua eliminação, tolera e convive com a precariedade", disse Jerónimo de Sousa na Senhora da Hora, em Matosinhos (distrito do Porto).

O secretário-geral comunista falava no convívio "Crianças e Pais com Direitos", que decorreu em frente à estação de Metro da localidade matosinhense.

A proposta do Governo do PS "mais não é do que a continuação e mesmo agravamento da indignidade com que os trabalhadores são tratados".

Focando a sua intervenção na questão dos direitos das crianças e dos seus pais, Jerónimo de Sousa considerou que "falar dos direitos dos pais e das crianças exige pôr de pé um verdadeiro plano nacional de combate à precariedade", mas "não é isso que está no horizonte do atual Governo, com a sua proposta dita para o trabalho digno".

Jerónimo de Sousa acrescentou ainda que "a principal medida de combate à pobreza infantil" é o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros.

No seu entendimento, a pobreza infantil existe "porque as suas famílias são pobres, porque os seus pais, mesmo trabalhando muito e muitas horas, continuam a não conseguir garantir o suficiente aos seus filhos".

Apelidando o problema de "uma emergência nacional", o líder e deputado comunista vê-o "mais premente agora, quando tudo se complicou ainda mais com o crescente aumento do custo de vida, onde pesam nas suas causas e evolução a especulação dos grandes interesses económicos".

O secretário-geral do PCP criticou ainda a política que "se apressa a levantar o espantalho do perigo do aumento dos salários que tentam responsabilizar por um incontrolado surto inflacionista, ao mesmo tempo que nada faz, e podia fazê-lo, para pôr limites e controlar os preços".

"Falar dos direitos dos pais e das crianças exige dar combate à desregulação dos horários, combater os horários selvagens, que põem pais e mães de crianças pequenas a trabalhar por turnos, à noite e ao fim de semana, obrigando os filhos a viver ao ritmo dos turnos dos pais, a não os verem acordados durante semanas, a não terem um fim de semana juntos durante meses", vincou, defendendo as 35 horas de trabalho semanal.

Jerónimo de Sousa visou ainda a política de habitação nacional, considerando "necessário e urgente assegurar um forte investimento nesta área, que não pode ficar apenas dependente de fundos da União Europeia e precisa de uma forte componente do Orçamento do Estado".

O PCP propõe ainda um "plano nacional de ocupação de tempos livres, em substituição das AEC [atividades extracurriculares]", para as crianças "não estarem o tempo todo fechadas na escola, mas antes a experimentar, a alargar horizontes, ou mesmo só a brincar livremente".

Leia Também: PCP expressa pesar pela morte de piloto em Foz Côa

Recomendados para si

;
Campo obrigatório