"Os vistos 'gold' funcionam na base de um princípio indecente"
No parlamento Europeu, José Gusmão, deu destaque à questão dos vistos vistos 'gold', matéria sobra a qual o partido se tem vindo a debruçar, tendo em conta a atribuição destes vistos a oligarcas russos com interesses em Portugal.
Política José Gusmão
Numa intervenção na segunda-feira no parlamento Europeu, o eurodeputado do Bloco de Esquerda José Gusmão deu destaque à questão dos vistos vistos 'gold', matéria sobra a qual o partido se tem vindo a debruçar recentemente, tendo em conta a atribuição destes vistos a oligarcas russos com interesses em Portugal.
"Os vistos 'gold' funcionam na base de um princípio indecente", afirmou o dirigente bloquista, esclarecendo que este princípio se baseia em "direitos que vem com a nacionalidade e podem ser comprados".
Chamou também à atenção para o princípio injusto em que "pessoas que escolhem os nossos países para trabalhar, tantas vezes em trabalhos mal pagos, podem ficar anos à espera de ter a nacionalidade", porém "pessoas que querem a nacionalidade para lavar dinheiro da corrupção ou do crime financeiro podem tê-la na hora".
O deputado destaca que estes princípios não é apenas promovido, mas tem sido "encorajado em Portugal".
Diz que, em 2013 e 2014, o governo "de direita" realizou uma "turnê na Rússia" para vender vistos 'gold'. Segundo o dirigente, isto aconteceu nos mesmos meses em que decorria o Euromaidan (onda de manifestações e agitação civil, na Ucrânia) e e com "particular intensidade" depois da invasão da Crimeia.
O economista salienta que ainda hoje mesmo, com uma guerra e uma "invasão criminosa e ilegal da Ucrânia", o Governo português, "agora socialista", continua a "recusar-se revogar estes vistos 'gold' e a penalizar a elite que está a apoiar e financiar esta invasão".
Já na semana passada, a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, acusou o presidente da GMG (Global Media Group), grupo que detém o Jornal de Notícias (JN), Diário de Notícias (DN) e TSF, entre outros, de ter ligações a um oligarca russo. No sábado, Catarina Martins, classificou de "inaceitável" que "o Governo português tenha dito que não sabe quem são os oligarcas russos com interesses em Portugal, numa espécie de impotência no esforço internacional que é feito para secar financeiramente Putin".
Recorda-se que a Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil. Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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