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"O PS e António Costa venceram em toda a linha"

Um artigo de opinião assinado por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores.

"O PS e António Costa venceram em toda a linha"
Notícias ao Minuto

14:36 - 31/01/22 por Notícias ao Minuto

Política Artigo de opinião

"O PS tem o país a seus pés, não só venceu as legislativas como já tinha vencido as autárquicas. O PS e António Costa venceram em toda a linha, visto pelo prisma que se quiser 

António Costa matou o pai da anterior maioria absoluta (José Sócrates), tornou irrelevante Marcelo Rebelo de Sousa, um presidente com um governo de maioria limita-se a observar. 

António Costa não se fica por aqui: com esta maioria absoluta, tirou qualquer veleidade a Pedro Nuno Santos de sonhar com a liderança e enterrou de vez a possibilidade de António José Seguro ser desejado. A onda socialista, que se espalha por tudo que é Estado, é avassaladora e nos tempos mais próximos “é tudo deles”. Só lhes falta a Presidência da República, mas até aí pode ser António Costa o designado e ficar outro socialista no governo, num futuro próximo. 

António Costa, com a sua bonomia, o seu sorriso, o seu optimismo e a sua habilidade. Portugal rendeu-se por saber com o que conta e pode contar, em vez da mudança e outra forma de abordar os problemas do país. Os portugueses não gostam de mudanças e incertezas, preferem o certo ao duvidoso.

António Costa conseguiu fazer ver aos portugueses que o BE e o PCP foram incautos ao derrubar o OE 2022. 

António Costa, o negociador, pode, agora, tornar-se implacável. Sou contra maiorias absolutas em democracia, são importantes os contra-poderes e a fiscalização efectiva de quem detém o poder.

António Costa pode governar a seu bel-prazer que ninguém o pode derrubar até Janeiro de 2026. 

Rui Rio deu a entender que era capaz, mas essa união aparente do partido foi somente para as televisões e jornais. O PSD se não mudar de vida, no futuro pode ser suplantado pelo Chega e IL. 

Pela proximidade de eleições, não faltavam candidatos a líder do PSD. Agora, ninguém vai querer ser líder do PSD num horizonte próximo - só haverá eleições daqui a quatro anos, consequentemente, candidato a primeiro-ministro.

Enquanto houver mais de 1 milhão de portugueses a viverem de subsídios e dependentes do Estado a hipótese de mudança é remota. 

Com este grupo parlamentar, vamos ver se todos se entendem com André Ventura.

Com o regresso do fundador do IL Carlos Guimarães Pinto, vamos ver a sua relação com João Cotrim de Figueiredo. 

Sá Carneiro, com a sua clarividência, mostrou à sociedade que o PSD para alternar o poder com o PS, os partidos à sua direita têm que concorrer todos unidos. Porém, cada vez mais, será difícil. O PS está e estará para durar."

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