Neste portal, disponível aqui, os resultados eleitorais de cada partido por concelho (no qual concorreu isolado ou em coligação) são divididos em três, permitindo ver qual o terço dos concelhos em que cada partido obteve os melhores resultados, os piores resultados e o resultado médio.
Depois, é possível cruzar esses resultados com um vasto conjunto de variáveis económicas e sociais que permitem caracterizar, em termos médios, como são os concelhos onde os partidos tiveram melhores ou piores resultados.
No caso do Bloco de Esquerda (BE) é possível verificar o seguinte, numa altura em que os resultados de 98% das freguesias estavam apurados:
+++ Ambiente +++
Os concelhos onde o BE obteve os resultados mais baixos caracterizam-se por um baixo grau de despesas municipais em ambiente, representando 6,29% das despesas totais, o que compara com a média nacional de 8,50%.
+++ Demografia +++
O partido coordenado por Catarina Martins teve os resultados mais baixos em concelhos nos quais a proporção da população residente que é estrangeira é mais baixa que a média nacional, ou seja, 2,08% face a 6,42%.
+++ Economia +++
O BE teve os piores resultados nos concelhos em que o poder de compra é significativamente mais baixo que a nível nacional.
Nos 108 concelhos em que o partido teve o pior terço dos resultados o poder de compra é de 72,06 pontos, face ao índice nacional de 100.
+++ Educação +++
Em termos de educação, o BE teve o desempenho mais fraco nos concelhos nos quais a percentagem da população com mais de 15 anos com pelo menos o ensino secundário é mais baixa que na média nacional: 20,01% versus 30,53%.
+++ Sociedade +++
Os piores resultados do BE tiveram lugar nos concelhos onde o número de médicos por mil habitantes, 2,34, é 62,22% inferior ao dado nacional de 5,56.
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