O Livre fez uma publicação nas redes sociais onde alerta para as sucessíveis vezes que pediu e propôs medidas de prevenção para os fogos florestais - os mesmos que assolam o país há quase um mês.
"Portugal tem de se preparar para eventos extremos como são os fogos que consomem o país. O Livre tem alertado e proposto soluções", diz o partido na descrição da publicação
Numa espécie de 'eu avisei', o Livre relembra os vários momentos em que em assembleia e conferências abordou o assunto, tanto pela voz de Rui Tavares como de Jorge Pinto, e vai até buscar uma intervenção do porta-voz do Livre de 2020, há já cinco anos.
Desde comissões parlamentares de inquérito, a propostas para o Orçamento do Estado e sem esquecer a formação de bombeiros e a compra de material para combater os incêndios - todas propostas mais recentes, ou mais antigas, que o partido mostra em vídeo que sugeriu em parlamento.
"Que o ano de 2025 seja o último ano em que não se planeou, preveniu ou trabalhou para mitigar os incêndios", conclui o Livre na descrição da publicação em causa.
Portugal tem de se preparar para eventos extremos como são os fogos que consomem o país. O LIVRE tem alertado e proposto soluções. Que o ano de 2025 seja o último ano em que não se planeou, preveniu ou trabalhou para mitigar os incêndios. pic.twitter.com/DX83MxW59q
— LIVRE (@LIVREpt) August 23, 2025
Ainda há três fogos preocupantes no país
Apesar de a situação aparentar já estar mais calma, ainda lavram três fogos de grandes dimensões no território nacional.
O mais preocupante é o de Arganil, no distrito de Coimbra, que esta manhã contava com mais de 1.470 operacionais no combate às chamas.
Há outros dois fogos a registar, ambos no município de Vinhais, em Bragança: em Moimenta e Ervedosa.
No total, pelas 8h20 de hoje, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil registava 27 incêndios, para onde estavam mobilizados 2.275 operacionais, 775 meios terrestres e seis meios aéreos.
A maioria dos fogos estava em fase de resolução ou de conclusão.
Número de mortos dos incêndios subiu para quatro
Os incêndios em Portugal este ano já fizeram quatro vítimas mortais. A mais recente não resistiu aos ferimentos que sofreu no incêndio do Sabugal e morreu esta madrugada.
Tratava-se de um funcionário de uma empresa de proteção florestal, a Afocelca, que ficou ferido no combate às chamas e apresentava queimaduras em 75% do corpo.
Relembrar que também um bombeiro, o ex-autarca de Vila Franca de Deão, Carlos Dâmaso, e um homem de 65 anos (atropelado pela própria máquina de rasto) foram as outras vítimas mortais dos fogos deste ano.
Segundo as estimativas do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), até quarta-feira tinham ardido mais de 274 mil hectares em Portugal.
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