Rio culpa PS por "salários dos mais baixos da Europa" e que aumento geral
O presidente do PSD acusou hoje o PS de colocar Portugal com "salários dos mais baixos da Europa" e disse querer aumentar não só o salário mínimo mas os salários em geral com um modelo económico diferente.
© Lusa
Política Legislativas
Num palco montado junto ao arco da Rua Augusta, em Lisboa, Rui Rio alegou que o PS "andou a fazer acordos com o Chega" em outubro e novembro do ano passado "na autarquia do Entroncamento, na autarquia de Moura, na autarquia de Sintra, na autarquia da Moita" e referiu que PS e Chega votaram juntos "1180 vezes no plenário da Assembleia da República".
"Estamos a ver que o PS, quer nas autarquias, quer na Assembleia da República, não tem, naturalmente, problemas em votar juntamente com o Chega", declarou.
No seu último discurso de campanha eleitoral para as legislativas de domingo, o presidente do PSD acrescentou: "Nós não abrimos a porta aos extremos. Quem abriu a porta aos extremos foi o PS".
"Quem andou aos ziguezagues e termina a campanha a dizer que se ganhar as eleições vai voltar a fazer a denominada geringonça com o BE, abrindo novamente a porta ao extremo, neste caso a extrema-esquerda, é o PS", prosseguiu.
"Não tem legitimidade para atacar o PSD", considerou Rui Rio, que não se referiu nesta intervenção ao acordo nos Açores entre o PSD e o Chega.
Contra "uma governação comandada pelo PS e condicionada pela extrema-esquerda", Rui Rio apelou ao voto numa "social-democracia que defende a justiça social, que defende a solidariedade, que defende a tolerância, que defende a igualdade de oportunidades".
"São estes os nossos valores, desde Francisco Sá Carneiro até hoje, e são esses valores que nós vamos defender em Portugal, sem extremos, nem à direita, nem à esquerda, num partido ao centro, equilibrado e democrata", afirmou o presidente do PSD.
Segundo Rui Rio, "de uma forma cínica o PS vem dizer que o PSD está encostado e refém da extrema-direita", porque lhe "interessa um Chega forte" nestas legislativas, em que "cada voto que cair no Chega" ajuda a que António Costa "continue primeiro-ministro".
Perante a possibilidade de uma reconstituição da 'geringonça', o presidente do PSD argumentou que "no domingo tanto faz votar no BE, no PCP ou no PS, tudo vai dar ao mesmo sítio", e questionou "quem vai ceder" para que se entendam a seguir às eleições quando não se entenderam para aprovar o Orçamento do Estado para 2022.
Rio terminou o seu discurso pedindo o "voto útil" no PSD e manifestando-se confiante na vitória: "Vamos em frente, que eu estou convencido de que vamos ganhar".
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