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"Quantos mais votos houver no Chega, mas facilmente o Costa vence"

Rio diz ainda ver ainda "com mágoa" a forma como o secretário-geral socialista tem abordado as propostas políticas do PSD.

"Quantos mais votos houver no Chega, mas facilmente o Costa vence"

Numa entrevista exclusiva dada à CNN Portugal, esta terça-feira, António Costa assumiu-se como "o principal inimigo do Chega". Em declarações aos jornalistas em Leiria, após uma reunião com um grupo de empresários e de autarcas, o dirigente do PSD, Rui Rio, fez questão de se opor a essa afirmação.

"O PS não é o inimigo do Chega. Quantos mais votos houver no Chega, mas facilmente o Costa chega a primeiro-ministro", defendeu o presidente do PSD, acrescentando ainda que, no seguimento dessa ideia, António Costa é um dos "principais interessados" em que o partido de extrema-direita "tenha uma grande votação".

Perante as acusações feitas pelo atual primeiro-ministro, que tem vindo a argumentar que Rui Rio poderá vir a seguir o exemplo de coligação que existiu no Governo Regional dos Açores, o líder do PSD recusa novamente essa hipótese. "O Chega diz que só há acordo se tiver ministros. Isso é totalmente impossível", destacou, em declarações aos jornalistas.

Rio diz ainda ver ainda "com mágoa" a forma como o secretário-geral socialista tem abordado as propostas políticas do PSD. "O que assistimos da parte de António Costa é um denegrir e deturpar das propostas do PSD", adianta o dirigente do PSD.

"Ele diz que quero congelar o salário mínimo nacional, que quero pôr a classe média a pagar o SNS, que estou refém da extrema-direita e que vou fazer não sei o quê com o Chega", salienta Rio, negando todas essas acusações.

O presidente do PSD faz ainda alusão ao caso das eleições legislativas de 1980, durante as quais o "PS seguiu esse caminho" de "deturpação" das propostas do principal partido da oposição e, consequentemente, levou "uma banhada". "Eles não conseguem enganar completamente o eleitorado", diz ainda Rui Rio, acrescentando que "só os mais distraídos são enganados" com argumentos dessa natureza.

O líder do PSD também se manifestou quanto a uma das mais recentes polémicas envolvendo António Costa, que adiantou as previsões do PIB referentes ao quarto trimestre de 2021 sem estas terem, ainda, sido comunicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Entende, assim, que "não é razoável" alguém ter "acesso a determinados números na qualidade de primeiro-ministro" e, achando "que lhe dava jeito para a campanha eleitoral, decida divulgá-los enquanto "secretário-geral do PS e candidato".

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