PS e PSD continuam a apontar à vitória, num dia de regressos e encontros
PS e PSD continuaram hoje a apostar na vitória no próximo domingo e nas trocas de acusações mútuas, num dia em que a CDU confirmou o regresso de Jerónimo de Sousa para a reta final da campanha.
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Política Legislativas
Já o CDS viu o ex-dirigente Adolfo Mesquita Nunes - já desfiliado - anunciar o seu voto na Iniciativa Liberal, o Livre recebeu o apoio do antigo diretor-geral da Saúde Francisco George e o antigo líder democrata-cristão Manuel Monteiro teve um encontro imprevisto com Rui Rio em Beja.
Ao décimo dia de campanha, o secretário-geral do PS, António Costa, recebeu grande apoio popular nas ruas de Matosinhos e Gaia, no distrito do Porto, mas foi tentando contrariar os que lhe diziam que a vitória "já está no papo", dizendo que "nunca há vitórias antecipadas".
"É fundamental que se vote no próximo domingo para que a vitória existe mesmo. Vamos votar, votar, votar no próximo domingo", acrescentou.
Num dia dedicado ao Alentejo e Algarve, Rui Rio considerou que o secretário-geral do PS está "na iminência de perder as eleições" legislativas e sugeriu-lhe que "perca com dignidade", sem "baixar o nível" na campanha.
Mais tarde, já em Coimbra, o líder socialista escusou-se a responder diretamente para não entrar num "pingue-pongue" com Rui Rio, mas acusou o PSD de ter um programa onde "há gato" escondido em matérias como o salário mínimo, pensões e saúde.
Rui Rio tinha ainda acusado António Costa de andar aos "ziguezagues", depois da abertura manifestada para dialogar com todos, e alertou que os portugueses não irão compreender um regresso da 'geringonça' meses depois de o chumbo do Orçamento ter levado a eleições por falta de entendimento do PS com BE e PCP.
À esquerda, a CDU teve hoje boas notícias: João Ferreira, recuperado da covid-19, regressou à campanha nacional, libertando o líder parlamentar comunista João Oliveira para a campanha em Évora (círculo pelo qual tem sido eleito), e o partido confirmou o regresso para quarta-feira de secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que protagonizará os últimos três dias de campanha, quase duas semanas depois de uma intervenção cirúrgica urgente.
Questionado sobre a abertura ao diálogo com todos por parte de António Costa, João Ferreira considerou que a alteração de discurso era "inevitável" e que "a realidade veio dar razão às posições da CDU".
Na caravana do BE, em Braga, Catarina Martins insistiu que será necessário negociar uma solução de governação e orçamentos a seguir às eleições, considerando que a direita não será governo se "a maioria de esquerda" for votar.
"A direita só vai criar mais problemas em cima dos problemas. A resposta estará na força à esquerda e na força do BE para condicionar um contrato de Governo para uma legislatura que responda pela saúde, salário, pensão, habitação", alertou.
Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, queixou-se no Porto de uma campanha de "desinformação" contra o partido, atribuindo culpas a "algumas forças políticas" e entidades como a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
Mais à direita, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, disse ter ouvido "sem surpresa" o apoio do ex-dirigente centrista Adolfo Mesquita Nunes à Iniciativa Liberal (IL), e já antecipou propostas que quer realizar "quando for ministro da Defesa", um desejo que expressou e que Rui Rio não excluiu, se formar Governo.
"As propostas que o CDS propõe e eu espero cumpri-las quando for, como espero, ministro da Defesa, é um complemento vitalício de dignidade e de gratidão de pensão no valor de 300 euros mensais", afirmou, acrescentando que quer também "alargar a assistência à doença dos militares a todos os ex-combatentes".
Na Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo agradeceu o apoio de Mesquita Nunes pela "qualidade técnica e política" e voltou a centrar críticas no PS, acusando António Costa de "oscilações táticas" por ora pedir maioria absoluta, ora não pedir, ora querer dialogar com todos os partidos à exceção do Chega.
O líder do Chega, André Ventura, foi confrontado de forma crítica durante uma arruada em Portimão com as suas posições sobre o sistema prisional, e reiterou a defesa da prisão perpétua revista a cada 25 anos para certo tipo de crimes.
Já o dirigente e fundador do Livre Rui Tavares também recebeu hoje um apoio relevante, com o antigo diretor-geral da Saúde, Francisco George, a marcar presença numa iniciativa em Lisboa e a destacar a "coincidência de pontos de vista" com este partido.
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