Na próxima legislatura, após as eleições do dia 30 deste mês, o distrito vai manter três deputados, apesar de ter perdido 1.833 eleitores, face às eleições de 2019 (tinha 136.694), segundo dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).
Um total de 15 listas de forças políticas foram admitidas às legislativas deste mês, neste distrito alentejano, o que representa menos quatro do que no ato eleitoral de outubro de 2019.
O PS, que 'conquistou' então dois deputados, Luís Capoulas Santos, antigo ministro da Agricultura, e Norberto Patinho, ex-autarca de Portel, mantém a aposta nesta 'equipa', tal como a CDU, que volta a candidatar João Oliveira, que já é deputado por Évora e preside ao grupo parlamentar comunista.
O PSD não 'foge' a este modelo e recandidata Sónia Ramos, presidente da distrital social-democrata, à semelhança de 2019.
Outros dos partidos que se candidatam por Évora nas próximas eleições são Bloco de Esquerda (BE), com Bruno Martins como cabeça de lista, CDS-PP, liderado por Ana Costa Freitas, Chega, com Edalberto Figueiredo, Pessoas-Animais-Natureza (PAN), com Maria Alexandra Moreira, ou Iniciativa Liberal (IL), encabeçado por Maria João Cabral.
O 'baralho' fica completo com Livre (Maria da Glória Franco), Volt Portugal (António de Souza), RIR - Reagir, Incluir, Reciclar (Luís Manuel Eustáquio), MPT - Movimento Partido da Terra (João Borreicho), PTP - Partido Trabalhista Português (Carlos Moreira), Ergue-te (Carlos Pagará) e MAS -- Movimento Alternativa Socialista (Maria Manuela Almeida).
Em 2019, de acordo com a SGMAI, PS foi o partido mais votado, com 28.371 votos (38,33%) e dois deputados, seguindo-se a CDU, com 13.980 votos (18,89%) e um deputado.
O PSD obteve 17,38%, o BE 8,95%, o CDS-PP 3,42%, o Chega 2,22%, o PAN 1,95% e o PCTP/MRPP 1,25% (as restantes 11 candidaturas ficaram com valores abaixo de 1%).
O distrito registou, na altura, 74.026 votantes, o que representou uma abstenção de 45,85%.
Nas anteriores legislativas, em 2015, os três mandatos de deputado pelo círculo de Évora foram divididos pelo PS, pelo PSD, em coligação com o CDS-PP, e pela CDU, tal como em 2011, com a única diferença que, aí, PSD concorreu sozinho.
Terra de vinhos, agricultura e mármores, a que se soma a aposta mais recente da aeronáutica na capital de distrito, com várias unidades fabris, Évora é o 2.º distrito mais extenso do país (atrás do de Beja) e não foge à tendência de despovoamento do Alentejo.
Segundo os resultados provisórios dos Censos 2021, o conjunto dos 14 concelhos do distrito tem 152.511 residentes, ou seja, há menos 14.215 pessoas a viver nesta zona alentejana em comparação com os Censos 2011 (166.726).
O concelho mais povoado é o de Évora, com 53.591 habitantes, e o menos povoado é Mourão, com 2.351 residentes.
Situado no 'coração' do Alentejo, o distrito tem também alicerces na cultura e no turismo, ostentando o 'selo' da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura no centro histórico de Évora.
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