"Cabe-nos cumprir a única etapa que nos falta: Ganhar as legislativas"
Rui Rio apresenta, formalmente, a sua recandidatura à liderança do PSD.
© Lusa
Política PSD
Rui Rio apresentou, esta sexta-feira, a sua recandidatura à liderança do PSD, a partir da cidade do Porto.
O social-democrata começou por salientar que "contra quase tudo e quase todos, o PSD conseguiu atingir nas recentes eleições autárquicas todos os objetivos a que se propôs", relembrando que o partido elegeu "mais presidentes de câmara, mais presidentes de junta de freguesia, mais vereadores, mais membros de assembleias municipais" e ainda cresceu em número de votos.
Apesar de não ter sido o vencedor das eleições Autárquicas, Rui Rio evidenciou que o PSD conseguiu "subir de forma muito relevante nos centros urbanos". "Conquistamos a maioria das capitais de distrito, aumentamos significativamente o número de câmaras sociais-democratas no Alentejo e reduzimos a diferença de presidências de câmara para o PS em quase metade", sublinhou.
Um resultado que mostra, segundo Rui Rio, "uma inversão da tendência de voto ascendente para o PSD e descendente para o PS", por isso, na sua opinião, ganhar as próximas eleições legislativas e substituir a governação socialista está, hoje, seguramente, bem mais perto, como todo o partido e todo o País soube reconhecer". "Compete-nos, agora, saber também aproveitar a dinâmica de vitória decorrente das eleições de 26 de setembro e continuar a trilhar o trajeto de credibilidade que temos vindo a firmar junto dos portugueses", afirmou.
Durante o discurso, o líder social-democrata recordou que o PSD fez "a manutenção do Governo Regional da Madeira" e recuperou o Governo Regional dos Açores, durante o seu mandato e lembrou ainda o seu "contributo dado na eleição do Presidente da República", assim como na recuperação da governação da capital do País e "na reconquista de um conjunto alargado de câmaras municipais". Desta forma, conclui que apenas lhe falta ganhar as legislativas.
"Cabe-nos cumprir a única etapa que nos falta e que é, justamente, ganhar as eleições legislativas", atirou, recolhendo um calorento aplauso de quem assiste ao discurso.
Para Rui Rio, depois deste percurso, "ninguém entenderia que deixasse esta tarefa a meio e não estivesse disponível para a realizar por inteiro".
"Num curto espaço de três semanas, uma incompreensível tendência autofágica, originou divisões internas que o bom senso aconselharia a evitar, em período tão favorável ao nosso partido. É certo, também, que a marcação definitiva do nosso Congresso, antes mesmo de se saber se o país não terá de enfrentar eleições legislativas antecipadas, constituiu um aventureirismo que a sensatez prudentemente evitaria. Penso, no entanto, que os portugueses não entenderiam uma não recandidatura do líder, que com o generoso contributo de tantos e tantos militantes, conseguiu os êxitos que aqui enunciei", reiterou.
Desta forma, por considerar que o PSD está "mais perto de ganhar ao PS" e por não querer "ter a responsabilidade de ver essa oportunidade destruída", que sente que tem "a obrigação" de se recandidatar.
Já durante as questões dos jornalistas, Rui Rio admitiu que se sente "picado" e que quando isso acontece, enfrenta ainda melhor as dificuldades.
"Tenho se calhar de me conter um bocadinho [nos debates com Paulo Rangel]. Costumam dizer que quando me picam eu vou melhor e eu estou picado", atirou, gerando várias gargalhadas na plateia.
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