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Ossanda Liber contesta "dura realidade" nos bairros municipais de Lisboa

A cabeça de lista do movimento independente "Somos Todos Lisboa" à Câmara da capital, Ossanda Liber, visitou hoje os bairros municipais da Ameixoeira e do Lumiar e constatou a "dura realidade de muitos lisboetas", inclusive a situação de pobreza.

Ossanda Liber contesta "dura realidade" nos bairros municipais de Lisboa
Notícias ao Minuto

20:34 - 22/09/21 por Lusa

Política Autárquicas

"Tem de se humanizar esta Câmara Municipal de Lisboa, não é possível vivermos de forma tão assimétrica, tão diferente, tão díspar, são lisboetas também, é duro", afirmou Ossanda Liber, em declarações aos jornalistas.

A ação de campanha começou de forma desorientada, com um percurso para uma estrada sem saída, mas a candidata recusou que esta seja também uma metáfora para as eleições autárquicas, que se realizam no domingo, adiantando que, independentemente do resultado, o movimento "Somos Todos Lisboa" vai continuar a trabalhar.

"Hoje temos um ato eleitoral, daqui a uns anos temos outro e nós, certamente, faremos tudo o que for possível para chegarmos ao ponto de poder, efetivamente, influenciar o poder para a melhoria de vida dos lisboetas", indicou a líder do movimento independente.

Pelas ruas das freguesias da Ameixoeira e do Lumiar, Ossanda Liber apresentou-se como candidata à Câmara de Lisboa, falou com os moradores e comerciantes e ouviu as suas queixas, nomeadamente o pagamento do estacionamento em zonas residenciais, a falta de segurança, os problemas de acessibilidade na via pública e a ausência de apoios a famílias carenciadas.

Além do contacto na rua, a cabeça de lista do "Somos Todos Lisboa" entrou na casa de uma família que vive no Alto do Lumiar, num prédio de propriedade municipal, após ter sido desafiada pelo morador Abel Canas, de 54 anos, para que visse o estado em que vive a sua mãe, Fernanda Canas, de 79 anos, que está acamada há cerca de quatro anos na sequência da queda numa escadas próximas da habitação.

"Fiquei assim desde que caí daquela escada, já morreram ali pessoas", contou a idosa, que se encontrava deitada na cama, num pequeno quarto com duas camas de solteiro lado a lado e com poucas condições de habitabilidade.

Com uma reforma de 260 euros, Fernanda Canas paga 60 euros de euros pela habitação municipal, onde vive com os três filhos e um neto. A família passa dificuldades económicas e tem pedido apoio alimentar, mas "não tem quem ajude", reclamou a idosa.

"Não podem perder a fé, é a única coisa que não pagamos por ela e segura-nos a estar cá", recomendou a candidata independente Ossanda Liber, deixando o compromisso de voltar a visitar a família.

"Se é para me meterem nalgum lar, eu não vou", avisou a idosa.

Para a cabeça de lista do "Somos Todos Lisboa", a situação dos bairros municipais "é inaceitável", com moradores que "estão em sofrimento", mas "corresponde à dura realidade de muitos lisboetas".

"Há que mudar, no dia 26 [de setembro] os lisboetas têm mesmo de dar uma oportunidade para diversificar a Câmara Municipal de Lisboa, ela tem de ser mesmo inclusiva, ela tem de ter várias sensibilidades, tem de levar para lá várias ideias, vários conceitos da gestão desta cidade, mas sobretudo tem de levar para lá valores. Não podemos gerir uma autarquia sem ser baseada em valores e os valores que propomos levar são os da igualdade, da inclusão e do amor a Lisboa", declarou Ossanda Liber.

Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, no domingo, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Liber (movimento Somos Todos Lisboa).

Leia Também: Integração, igualdade e amor à cidade são a base do Somos Todos Lisboa

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