Livre critica declarações "lamentáveis" do MNE sobre Jerusalém
O Livre considerou hoje que as publicações do Ministério dos Negócios Estrangeiros no Twitter a propósito dos conflitos em Jerusalém "são lamentáveis", já que excluem a "referência às vítimas palestinianas", e instou o Governo a reconhecer "um Estado palestiniano".
© Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
Política Israel
"São lamentáveis as declarações de hoje do Ministério dos Negócios Estrangeiros que condenam a violência contra civis israelitas sem referência às vítimas palestinianas", dá conta um comunicado divulgado pelo partido.
A tutela escreveu na rede social Twitter que Portugal "acompanha com grande preocupação os recentes desenvolvimentos em Israel e no território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Leste".
"Condenamos o lançamento indiscriminado de mísseis a partir da Faixa de Gaza contra civis israelitas", acrescentou o ministério.
Para o Livre, "é fundamental que o Governo português reconheça um Estado palestiniano autónomo e independente, e que salvaguarde os direitos do povo palestiniano".
O partido acrescentou que "o escalar da violência em Jerusalém é intolerável".
De recordar que, em 2019, a então deputada do Livre, Joacine Katar Moreira, absteve-se em relação a um voto apresentado em novembro desse ano pelo PCP, que pedia a condenação da "agressão israelita a Gaza e da declaração da administração Trump sobre os colonatos israelitas".
Na altura, a deputada alegou "dificuldade de comunicação" com a direção, o que levou a uma cisão com o partido e a Joacine passou a deputada não-inscrita.
A tensão em Jerusalém Oriental, a zona palestiniana da cidade ocupada e anexada por Israel, tem aumentado nas últimas semanas e os confrontos na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha e sagrada para muçulmanos e judeus, entre palestinianos e polícia israelita causaram centenas de feridos nos últimos dias.
Na segunda-feira, a violência aumentou com o lançamento de 'rockets' da Faixa de Gaza contra Israel e ataques aéreos israelitas contra este território palestiniano.
De acordo com o mais recente balanço do Ministério da Saúde em Gaza, desde o pôr-do-sol de segunda-feira, 26 palestinianos - incluindo nove crianças e uma mulher - foram mortos em Gaza, a maioria nos ataques aéreos.
Durante o mesmo período os 'rockets' disparados a partir de Gaza mataram dois civis israelitas (duas mulheres) e feriram 10 outros.
Leia Também: Livre lamenta decisão do Supremo e pede "estabilidade" para imigrantes
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com