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"Não se convocam eleições no CDS por dá cá aquela palha"

Francisco Rodrigues dos Santos responde ao desafio Adolfo Mesquita Nunes e diz sentir-se "legitimado para continuar este mandato". 

"Não se convocam eleições no CDS por dá cá aquela palha"
Notícias ao Minuto

11:30 - 27/01/21 por Filipa Matias Pereira

Política CDS

Francisco Rodrigues dos Santos respondeu, esta quarta-feira, a Adolfo Mesquita Nunes, que propôs ao Conselho Nacional eleições antecipadas no CDS. "Isto não é assim. Um ex-dirigente do CDS de repente volta a interessar-se pela vida política do partido, depois de ter coordenado um programa eleitoral do partido e de o ter abandonado. Não se convocam eleições no CDS por dá cá aquela palha", atirou, em entrevista à rádio Observador.

Num artigo de opinião publicado hoje no Observador, o Mesquita Nunes alertou que "o CDS tem um problema de sobrevivência" e não tem "muito tempo para resolvê-lo". Em reação, o líder do partido defende que, "na circunstância que o país atravessa, o foco de qualquer partido democrático com responsabilidade nos órgãos de soberania deve ser colocar o interesse nacional acima da mercenaria dos partidos. Foi isso que procurei fazer".

O líder partidário reforçou que "o apelo" que tem feito no seio do partido se centra na "capacidade de dirigir esforços e empenhar a nossa própria competência e experiência no ataque a esta pandemia e dar condições ao Governo para salvar vidas".

Francisco Rodrigues dos Santos, também conhecido por Chicão, tomou "boa nota" e registou a opinião de Adolfo Mesquita Nunes, mas não deixou de lhe lançar farpas, destacando que a opinião do ex-dirigente que agora vem a público "corre ao arrepio da opinião que [este] tinha expressado no último Conselho Nacional, que ocorreu há sensivelmente um mês, e onde defendeu que esta direção deveria concluir o seu mandato".

Ainda em reposta à missiva de Mesquita Nunes, Francisco Rodrigues dos Santos defende que está "totalmente solto e livre" e o lugar na liderança não é seu, "pertence aos militantes do CDS. Não fui eleito por padrinhos, nem barões do partido. Fui eleito pelas bases, pelos militantes, que sabem desde a primeira hora que este lugar lhes pertence".

As possíveis eleições internas serão, entretanto, discutidas em reuniões que Francisco Rodrigues dos Santos terá ainda esta semana "com os órgãos nacionais do partido".

Recordando que sempre que foi a votos no partido "contou com o apoio maioritário dos militantes", o presidente do CSS recordou que no último Congresso a sua direção foi eleita com mais de 65% dos votos e, por isso, sente-se "legitimado para continuar este mandato".

"Eu tenho vontade pessoal para cumprir o meu mandato e eu não provoco incidentes internos no partido para interromper as lideranças. Estou disponível para haver clarificações dentro do CDS, agora quero perceber quais as motivações de fundo que estão por detrás disto", acrescentou ainda.

Leia Também: Mesquita Nunes propõe Conselho Nacional para eleições antecipadas no CDS

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