Pedro Filipe Soares reconheceu que, "os resultados, se as projeções se confirmarem, demonstrarão que não atingimos os objetivos que tínhamos traçado".
"O segundo ponto que parece ser também muito relevante retirar destas eleições", prosseguiu, "é que assistimos a uma reconfiguração da Direita, em particular o reconhecimento que normalizar a extrema-direita é um mau resultado para o país".
O bloquista argumentou que o partido avisou várias vezes, lamentando terem sido ignorados e até contestados. "A normalização da extrema-direita, feita em particular por agentes da Direita, resulta numa reconfiguração que está aos olhos de todos".
Num momento "tão particular do país", a Marisa Matias e o Bloco de Esquerda estarão presentes para as lutas que são necessárias e essenciais, assegurou. A primeira de todos, a resposta à enorme crise pandémica, económica e social, à luta pelos direitos de quem trabalha e o combate contra as alterações climáticas. "É o património que continuaremos a levar por diante", prometeu.
De acordo com a projeção da Católica para a RTP, Marcelo Rebelo de Sousa vai ser reeleito Presidente da República com uma votação entre os 57% e 62%. Em segundo lugar, Ana Gomes com uma votação entre os 13% e os 16%. Em terceiro lugar deverá ficar André Ventura ao obter entre 9 a 12 % dos votos, de acordo com esta projeção. Marisa Matias surge com entre 3,5% a 5,5%; João Ferreira igualmente entre os 3,5% e os 5,5%; Tiago Mayan Gonçalves com 3% a 5% e Vitorino Silva com 2% a 4%.
