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Ana Gomes tem "obrigação" de estar com portugueses que têm de trabalhar

A candidata presidencial Ana Gomes fez hoje um curto passeio entre a Câmara e o mercado de Matosinhos, defendendo ser sua obrigação "estar junto dos portugueses, "tanto os que estão em casa a confinar, como dos que têm de trabalhar".

Ana Gomes tem "obrigação" de estar com portugueses que têm de trabalhar
Notícias ao Minuto

14:09 - 15/01/21 por Lusa

Política Presidenciais

Na primeira manhã depois de entrar em vigor o dever de recolhimento domiciliário, Ana Gomes foi recebida na Câmara de Matosinhos e foi depois acompanhada pela autarca socialista Luísa Salgueiro a pé até ao mercado local, num percurso em que foram cruzando com vários cidadãos.

A candidata foi parando para conversar com alguns idosos, um que iam à farmácia, outros que só queriam "aproveitar o solinho", com taxistas e também com comerciantes à porta de estabelecimentos que podem permanecer abertos, como um snack-bar ou um talho.

Entre a comitiva e os jornalistas, eram cerca de duas dezenas de pessoas que seguiam a candidata, o que, quando Ana Gomes parava para estes diálogos, gerava alguns momentos de maiores aglomerações e, no mercado, motivou protestos pelo menos uma pessoa que pedia "distância".

"Penso que respeitámos as regras, se me demonstrarem que não e que errei serei a primeira a corrigir, todas as pessoas estavam protegidas com máscaras, não houve toque físico a não ser de braços e tentámos estar à distância", afirmou a candidata, em declarações aos jornalistas.

Questionada se contava encontrar pessoas na rua, a antiga eurodeputada socialista considerou que "não foram assim tantos" e disse ter a certeza que todos tinham motivos válidos para estas deslocações.

Em concreto em relação ao mercado, que visitou ao final da manhã, Ana Gomes salientou que faz questão de estar com pessoas, na maioria mulheres, "que estão a trabalhar para permitir que outros estejam em confinamento".

"Estes portugueses precisam de apoio e eu estou aqui no meu trabalho de candidata e de política junto dos portugueses que estão a trabalhar nestas condições para que o resto do país possa confinar. Sim, é minha obrigação estar junto dos portugueses, tanto os que estão em casa a confinar, como os que têm de estar aqui a trabalhar", defendeu.

Luísa Salgueiro disse ter muito "orgulho" em acompanhar a candidata presidencial Ana Gomes - que não tem o apoio do PS, mas do PAN e do Livre -, mas escusou-se a confirmar que tal traduza o seu apoio.

"Enquanto presidente da câmara e representante de todos os munícipes não me cabe dar a minha opinião pessoal, que tenho, porque estou aqui institucionalmente", afirmou a autarca, assegurando que receberá outros candidatos que queiram ser recebidos em Matosinhos.

Ana Gomes agradeceu a Luísa Salgueiro a visita e salientou o trabalho da autarquia no apoio aos efeitos sociais da pandemia e também na forma como está a lidar com o anunciado encerramento da refinaria da Galp.

"A senhora presidente tem a posição certa de considerar que isto pode ser uma oportunidade para, mantendo o estatuto de área industrial que a zona da refinaria tem, e possa lá ser eventualmente instalada uma outra atividade industrial que até seja menos poluente, mais sustentável", afirmou.

No final de uma reunião com o reitor da Universidade do Porto, ao início da tarde, a antiga eurodeputada destacou o seu papel na articulação com o tecido industrial.

"A Universidade está a dar apoio na identificação de alternativas ao fecho da Galp em Matosinhos, é uma excelente demonstração de como faz toda a diferença ter um estabelecimento universitário pujante", realçou.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena pandemia de Covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Leia Também: Ana Gomes acusa Marcelo de ser obstáculo à regionalização

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