O Aliança exige que "nenhum idoso seja excluído do direito de votar". O anúncio foi feito através de uma nota de imprensa do Partido, emitida após ter sido revelado que os residentes em lares ilegais não poderão votar antecipadamente.
O comunicado começa por revelar que "o Aliança foi hoje surpreendido pelo anúncio, por parte da vice-presidente do Instituto da Segurança Social, Catarina Marcelino, de que os idosos residentes em lares ilegais serão excluídos da possibilidade de voto antecipado nas eleições presidenciais, previsto para o próximo domingo", acrescentando que "procurando justificar esta segmentação dos cidadãos idosos, em função do Estabelecimento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) em que vivem, o Instituto da Segurança Social (ISS) refere não ter uma relação regular com os lares ilegais e não dispor de condições para fazer o levantamento dos eleitores junto de instituições com as quais só tem uma relação no âmbito da fiscalização".
Para o Partido, tratam-se de "inqualificáveis declarações" que "reforçam o receio" do Aliança de que "este ato eleitoral se transforme numa trapalhada".
Mais acrescenta que "a vice-presidente do ISS tem obrigação de conhecer que, desde o início da pandemia, a Segurança Social integra equipas multidisciplinares, conjuntamente com a Proteção Civil Municipal e a Saúde, que percorreram o País de Norte a Sul, identificando estes lares ilegais e quantificando o número de residentes e funcionários".
"O anúncio hoje feito legitima a dúvida sobre se, para além de não poderem votar, os idosos residentes em lares ilegais também irão ser excluídos do plano nacional de vacinação. Ou será que o desconhecimento evocado é uma espécie de amnésia seletiva no dia 17 de Janeiro, com reflexos apenas para impedir dezenas de milharesde portugueses de exercer o seu direito de voto?", questiona ainda.
Por fim, o Aliança apela à ministra da tutela que, "utilizando os dados disponíveis no Instituto da Segurança Social, garanta a todos os idosos portugueses, independentemente do lar onde residem, o exercício do seu direito de voto".